Este texto explora o tema das hérnias, explicando de forma acessível o que elas são, como se formam, os tipos mais comuns (inguinal, umbilical, hiatal e incisional), seus sintomas e fatores de risco. Também aborda os tratamentos disponíveis.
As hérnias são condições muito comuns, mas nem todos sabem exatamente o que elas são ou como tratá-las. Você já ouviu falar sobre hérnias? Talvez tenha tido uma ou conheça alguém que passou por isso. Neste artigo, vamos explorar o que causa uma hérnia, os principais tipos, os tratamentos disponíveis e as tendências recentes sobre esse tema no Brasil.
Dentro do nosso corpo, os órgãos estão protegidos e mantidos no lugar por músculos e tecidos. Quando essas estruturas são enfraquecidas, esticadas ou danificadas, os órgãos podem se projetar para fora, formando uma hérnia. Esse problema geralmente aparece no abdômen, na virilha ou na parte inferior do tórax.
As hérnias podem surgir e voltar. Em alguns casos, causam desconforto ou dor, especialmente ao realizar esforços físicos.
1. Hérnia Inguinal: É a forma mais comum, ocorrendo quando parte do intestino empurra a região da virilha. Nos homens, essa hérnia pode descer até a área escrotal, sendo chamada de hérnia inguinoescrotal.
2. Hérnia Incisional: Pode aparecer no local de uma cirurgia abdominal prévia. O enfraquecimento do tecido na cicatriz permite que os órgãos se projetem para fora.
3. Hérnia Hiatal: Ocorre quando a parte superior do estômago passa por uma abertura no diafragma. Embora não seja visível, pode causar sintomas como azia, indigestão ou sensação de queimação.
4. Hérnia Umbilical: É caracterizada pelo abaulamento na região do umbigo, frequentemente presente desde o nascimento.
Nem todas as hérnias precisam de intervenção cirúrgica imediata. No entanto, em casos de aumento progressivo, dor ou risco de encarceramento (quando a hérnia fica presa, podendo comprometer a circulação do órgão), a cirurgia é recomendada.
O número de procedimentos para tratar hérnias vem aumentando significativamente no Brasil. Segundo os dados do Ministério da Saúde, em 2023, foram realizados 270 mil procedimentos no Brasil, sendo 63 mil apenas no estado de São Paulo. Entre os anos de 2020 e 2021 houve uma diminuição significativa devido a pandemia. No entanto, nos anos de 2022 e 2023, o número de procedimentos voltou a aumentar.
Apesar desse crescimento, a maioria das cirurgias ainda é realizada de forma aberta, especialmente em hospitais públicos, devido à limitação de recursos para técnicas minimamente invasivas. No Brasil, aproximadamente 1% das cirurgias de hérnia inguinal foi feita por via videolaparoscópica ou robótica, enquanto o restante foi realizado por via aberta.
Com o avanço da tecnologia e a maior capacitação de profissionais, espera-se que as cirurgias laparoscópicas e robóticas se tornem mais acessíveis, oferecendo melhores resultados e maior conforto para os pacientes. A cirurgia robótica e a laparoscópica para hérnia inguinal estão associadas a menor risco de complicações infecciosas, menos dor no pós-operatório e recuperação mais rápida.
Número de cirurgias para tratamento de hérnias no Brasil, por estado. Houve aumento significativo nos últimos anos, com predomínio das cirurgias no estado de São Paulo. Entre os anos de 2020 e 2021 houve uma diminuição significativa devido a pandemia. No entanto, nos anos de 2022 e 2023, o número de procedimentos voltou a aumentar. Os dados foram obtidos do DATASUS.
As hérnias são condições comuns, mas tratáveis, que podem impactar significativamente a qualidade de vida. Independentemente do tipo, é essencial procurar orientação médica para o diagnóstico e para decidir o melhor tratamento. Com o aumento das opções tecnológicas e o crescimento no número de cirurgias, os pacientes têm cada vez mais acesso a soluções eficazes.
Teste: https://public.flourish.studio/visualisation/20672820/
Se você suspeita de uma hérnia, não hesite em procurar um profissional de saúde. O cuidado precoce é essencial para evitar complicações e garantir o melhor resultado possível.