A colonoscopia é um exame endoscópico que permite a visualização direta do intestino grosso e, em alguns casos, da porção final do intestino delgado. O exame é realizado por meio de um colonoscópio, um tubo flexível com uma câmera na ponta, que transmite imagens para um monitor, permitindo ao médico detectar anormalidades, como inflamações, pólipos e tumores. A colonoscopia não dói e é recomendada em casos de presença de sangue nas fezes, dor abdominal, diarreia intensa, alterações bruscas no funcionamento intestinal, anemia ou perda de peso.
A colonoscopia é um exame endoscópico realizado através do ânus, permitindo a visualização de todo o intestino grosso, apenas não permitindo adequada visualização das lesões em canal anal e borda anal. Através deste procedimento podem ser identificados processos inflamatórios ou tumores intestinais, sendo possível biópsia e ressecção de pequenos tumores ou pólipos.
O preparo é essencial para garantir um exame preciso e seguro. Ele envolve:
O paciente é posicionado de lado e recebe sedação para maior conforto. O colonoscópio é introduzido pelo reto e avança pelo intestino grosso. Durante o exame, o médico pode realizar biópsias e remover pólipos, se necessário. O procedimento dura entre 20 e 40 minutos.
A sedação geralmente dura entre 30 minutos e 1 hora, mas a recuperação completa pode levar algumas horas. O paciente deve permanecer em observação até estar apto a receber alta.
Geralmente não é realizada anestesia geral, ou seja, o paciente não precisa ficar intubado. Geralmente é feita somente uma sedação, para o paciente dormir durante o procedimento. A sedação é administrada por via endovenosa, normalmente no braço.
A colonoscopia pode levantar suspeita de câncer quando há a presença de lesões suspeitas, como tumores ou úlceras com bordas irregulares. Nesses casos, são feitas biopsias para análise laboratorial, que confirmarão ou descartarão o diagnóstico.
A colonoscopia é o principal exame para o rastreamento do câncer colorretal e deve ser realizada conforme orientação médica, principalmente após os 45 anos ou antes, em casos de histórico familiar. Consulte um especialista para avaliar a necessidade do exame e garantir a saúde do seu intestino.
]]>A cirurgia bariátrica e metabólica é um conjunto de procedimentos realizados para tratar a obesidade e doenças associadas, como diabetes tipo 2, hipertensão e apneia do sono. Além de promover a perda de peso significativa, esses procedimentos têm impacto metabólico positivo, melhorando ou até resolvendo condições associadas.
Os dois principais tipos de cirurgia bariátrica são a gastrectomia vertical e o bypass gástrico. A gastrectomia vertical consiste na redução do tamanho do estômago, limitando a ingestão de alimentos e diminuindo a fome ao reduzir a produção do hormônio grelina. Já o bypass gástrico combina a redução do estômago com um desvio do intestino, o que limita a ingestão e reduz a absorção de nutrientes. Ambos são eficazes, mas possuem diferenças importantes que influenciam a escolha do procedimento mais adequado para cada paciente.
A gastrectomia vertical pode ser a melhor opção para pacientes com:
O bypass gástrico é mais indicado para pacientes com:
A decisão entre a gastrectomia vertical e o bypass gástrico deve ser feita com base em uma avaliação completa realizada por uma equipe multidisciplinar. Fatores como histórico médico, condições associadas, estilo de vida e preferências do paciente devem ser considerados.
Converse com um cirurgião especializado e tire todas as suas dúvidas para escolher a melhor opção para você. Lembre-se de que a cirurgia bariátrica é apenas o começo de uma mudança de estilo de vida que requer acompanhamento contínuo e dedicação.
]]>Entre o tórax e o abdômen encontra-se um dos músculos mais importantes que você talvez nem sabia que existia: o Esfíncter Esofágico Inferior. Esse músculo em forma de anel desempenha um papel crucial na digestão, impedindo que o ácido estomacal volte para o esôfago. Quando funciona bem, mal percebemos sua presença. Mas, quando falha, pode causar um desconforto familiar para muitos: a azia, aquela sensação de queimação no peito, às vezes acompanhada por um gosto ácido desagradável na boca.
Embora a azia ocasional seja comum, quando os episódios se tornam frequentes – duas vezes por semana ou mais – é possível que estejamos lidando com a Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE).
Mas o que leva a esse problema? Como evitá-lo? Vamos explorar!
O Esfíncter Esofágico Inferior é um músculo circular controlado por um sistema complexo de raízes nervosas conectadas ao cérebro. Sua função principal é criar uma barreira de alta pressão para evitar o retorno do conteúdo estomacal ao esôfago.
Quando esse músculo enfraquece ou relaxa no momento errado, ele perde a capacidade de manter o ácido no estômago. Isso resulta no refluxo ácido, que pode causar desde desconforto leve até inflamações graves no esôfago.
Vários fatores podem interferir no funcionamento do esfíncter, incluindo:
Certos remédios, como os usados para tratar asma, hipertensão e depressão, podem enfraquecer o esfíncter ou aumentar a produção de ácido estomacal.
Enquanto episódios ocasionais de azia são normais, sintomas persistentes podem indicar problemas mais graves, como:
Se você sente azia frequente ou dificuldade para engolir, é hora de buscar orientação médica.
O tratamento varia de acordo com a gravidade dos sintomas:
Nos casos mais graves, a cirurgia pode ser necessária. O procedimento mais comum é a fundoplicatura, que utiliza uma parte do estômago para reforçar a barreira antirrefluxo. Em um estudo realizado por nossa equipe, no Hospital das Clínicas da USP, demonstrou que a cirurgia é mais eficaz para diminuir risco de câncer de esôfago em casos de esôfago de Barrett.
No entanto, é necessária uma avaliação pré-operatória adequada para saber se, de fato, a fundoplicatura está indicada.
A boa notícia é que, na maioria das vezes, a azia pode ser prevenida. Algumas dicas incluem:
Embora a azia possa parecer uma queixa simples, ela pode ter um impacto significativo na qualidade de vida se não tratada adequadamente. Entender as causas e os fatores de risco é o primeiro passo para prevenir e tratar o problema. Cuide do seu corpo, dê atenção ao seu esfíncter e diga adeus àquela sensação incômoda de queimação no peito!
]]>As hérnias são condições muito comuns, mas nem todos sabem exatamente o que elas são ou como tratá-las. Você já ouviu falar sobre hérnias? Talvez tenha tido uma ou conheça alguém que passou por isso. Neste artigo, vamos explorar o que causa uma hérnia, os principais tipos, os tratamentos disponíveis e as tendências recentes sobre esse tema no Brasil.
Dentro do nosso corpo, os órgãos estão protegidos e mantidos no lugar por músculos e tecidos. Quando essas estruturas são enfraquecidas, esticadas ou danificadas, os órgãos podem se projetar para fora, formando uma hérnia. Esse problema geralmente aparece no abdômen, na virilha ou na parte inferior do tórax.
As hérnias podem surgir e voltar. Em alguns casos, causam desconforto ou dor, especialmente ao realizar esforços físicos.
1. Hérnia Inguinal: É a forma mais comum, ocorrendo quando parte do intestino empurra a região da virilha. Nos homens, essa hérnia pode descer até a área escrotal, sendo chamada de hérnia inguinoescrotal.
2. Hérnia Incisional: Pode aparecer no local de uma cirurgia abdominal prévia. O enfraquecimento do tecido na cicatriz permite que os órgãos se projetem para fora.
3. Hérnia Hiatal: Ocorre quando a parte superior do estômago passa por uma abertura no diafragma. Embora não seja visível, pode causar sintomas como azia, indigestão ou sensação de queimação.
4. Hérnia Umbilical: É caracterizada pelo abaulamento na região do umbigo, frequentemente presente desde o nascimento.
Nem todas as hérnias precisam de intervenção cirúrgica imediata. No entanto, em casos de aumento progressivo, dor ou risco de encarceramento (quando a hérnia fica presa, podendo comprometer a circulação do órgão), a cirurgia é recomendada.
O número de procedimentos para tratar hérnias vem aumentando significativamente no Brasil. Segundo os dados do Ministério da Saúde, em 2023, foram realizados 270 mil procedimentos no Brasil, sendo 63 mil apenas no estado de São Paulo. Entre os anos de 2020 e 2021 houve uma diminuição significativa devido a pandemia. No entanto, nos anos de 2022 e 2023, o número de procedimentos voltou a aumentar.
Apesar desse crescimento, a maioria das cirurgias ainda é realizada de forma aberta, especialmente em hospitais públicos, devido à limitação de recursos para técnicas minimamente invasivas. No Brasil, aproximadamente 1% das cirurgias de hérnia inguinal foi feita por via videolaparoscópica ou robótica, enquanto o restante foi realizado por via aberta.
Com o avanço da tecnologia e a maior capacitação de profissionais, espera-se que as cirurgias laparoscópicas e robóticas se tornem mais acessíveis, oferecendo melhores resultados e maior conforto para os pacientes. A cirurgia robótica e a laparoscópica para hérnia inguinal estão associadas a menor risco de complicações infecciosas, menos dor no pós-operatório e recuperação mais rápida.
Número de cirurgias para tratamento de hérnias no Brasil, por estado. Houve aumento significativo nos últimos anos, com predomínio das cirurgias no estado de São Paulo. Entre os anos de 2020 e 2021 houve uma diminuição significativa devido a pandemia. No entanto, nos anos de 2022 e 2023, o número de procedimentos voltou a aumentar. Os dados foram obtidos do DATASUS.
As hérnias são condições comuns, mas tratáveis, que podem impactar significativamente a qualidade de vida. Independentemente do tipo, é essencial procurar orientação médica para o diagnóstico e para decidir o melhor tratamento. Com o aumento das opções tecnológicas e o crescimento no número de cirurgias, os pacientes têm cada vez mais acesso a soluções eficazes.
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]]>Se você suspeita de uma hérnia, não hesite em procurar um profissional de saúde. O cuidado precoce é essencial para evitar complicações e garantir o melhor resultado possível.
Descubra como transformar sua relação com a comida e melhorar sua qualidade de vida. Este texto apresenta estratégias práticas e científicas para controlar o transtorno da compulsão alimentar periódica, promovendo bem-estar físico e emocional. Saiba mais sobre os sinais, gatilhos e como desenvolver hábitos saudáveis por meio de dicas simples e eficazes.
Comer é muito mais do que uma necessidade fisiológica. É também uma experiência social e emocional. No entanto, quando episódios frequentes de exagero na comida começam a gerar desconforto físico e culpa, pode ser um sinal de que algo está fora do equilíbrio. A compulsão alimentar, o transtorno alimentar mais comum, pode afetar gravemente a saúde física e mental, mas é tratável com as abordagens corretas.
A compulsão alimentar é um transtorno caracterizado por episódios recorrentes de consumo de grandes quantidades de comida, frequentemente acompanhado por uma sensação de perda de controle. Esses episódios geralmente não são motivados pela fome física, mas sim por emoções como estresse, ansiedade ou tristeza.
É normal comer um pouco a mais em ocasiões especiais, mas alguns comportamentos podem indicar compulsão alimentar:
A compulsão alimentar pode levar ao ganho de peso e obesidade. A obesidade, por sua vez, traz diversos problemas de saúde física, como diabetes, hipertensão, doenças cardíacas e até mesmo câncer.
Assim, uma parcela significativa de pacientes com obesidade sofre de compulsão alimentar. Alguns desses pacientes decidem tomar por conta própria medicações como a tizerpatida ou a semaglutida.
No entanto, essas medicações isoladamente não são eficientes para controle do peso em pacientes que sofrem de compulsão alimentar, que deve ser tratada de maneira específica, por vezes com acompanhamento psicológico ou psiquiátrico. Além disso, as consequências emocionais da compulsão alimentar, como baixa autoestima, ansiedade e depressão, também são significativas.
Superar a compulsão alimentar exige tempo e esforço, mas algumas mudanças no estilo de vida podem ajudar:
Se você acredita que está enfrentando compulsão alimentar, saiba que não está sozinho. Esse transtorno é tratável, e o suporte de profissionais de saúde pode ser essencial para recuperar o controle sobre sua alimentação e bem-estar. Terapias comportamentais e, em alguns casos, medicações podem ser indicadas como parte do tratamento.
Superar a compulsão alimentar é uma jornada desafiadora, mas possível. Reconhecer os sinais, buscar ajuda e adotar estratégias saudáveis são passos fundamentais para transformar sua relação com a comida e alcançar uma vida mais equilibrada.
]]>Algumas medicações e produtos que consumimos podem danificar o fígado, levando a uma inflamação hepática, também chamada de hepatite. A hepatite induzida por medicamentos ou suplementos pode se manifestar em questão de dias, semanas ou até meses após a ingestão, dependendo do remédio, da dose e da saúde prévia do paciente.
Nos Estados Unidos, são registrados anualmente mais de 2000 casos de insuficiência hepática aguda fulminante, sendo que aproximadamente metade está relacionada ao uso de medicamentos ou suplementos. Enquanto os rins contam com a hemodiálise em casos de falência aguda, o fígado não dispõe de um recurso equivalente, e a insuficiência hepática muitas vezes exige um transplante. Por isso, é importante conhecer quais são os medicamentos que podem levar a injúria hepática e ficar atento aos sinais precoces de danos no fígado.
Neste texto, vamos abordar os medicamentos mais associados a lesões hepáticas e detalhar esses sinais para que você possa se prevenir e cuidar bem do seu fígado. Afinal, a saúde do fígado reflete em todo o corpo, e o uso responsável de medicamentos pode ajudar a evitar complicações graves.
O fígado realiza funções essenciais para o corpo, incluindo a desintoxicação, digestão, metabolismo, produção de proteínas, e o armazenamento de vitaminas e minerais. Ele é indispensável para o equilíbrio e o bom funcionamento do organismo. Assim, é impossível viver sem fígado. Se algum paciente desenvolver falência hepática, vai precisar de um tratamento específico, podendo incluir o transplante de fígado.
Entre as funções do fígado, podemos destacar:
Identificar esses sinais precocemente é fundamental para prevenir lesões graves.
Os sintomas de danos no fígado incluem:
Cada pessoa tem um fígado com uma capacidade de metabolização de toxinas. Assim, a agressão que o fígado recebe não depende somente do medicamento em si, mas depende da vulnerabilidade desse fígado.
A resposta ao medicamento varia conforme a idade, saúde hepática prévia, doenças como hepatite crônica, esteatose, fibrose e cirrose, e o consumo prévio de álcool. Pacientes que já apresentam problemas no fígado devem ter ainda mais cautela.
Cuidar do fígado é essencial para o bem-estar geral.
]]>O câncer de estômago, também conhecido como câncer gástrico, é uma doença em que células malignas se formam no revestimento do estômago. Ele pode começar de forma silenciosa, com sintomas sutis como indigestão, dor abdominal, sensação de saciedade precoce e perda de peso. À medida que avança, pode causar complicações mais graves, como sangramentos e perfuração.
O diagnóstico precoce é essencial para aumentar as chances de um tratamento eficaz.
Neste texto, vamos falar sobre os sinais de alerta que podem indicar câncer de estômago.
Um sintoma bastante comum é sentir-se cheio após consumir apenas uma pequena quantidade de alimento. Se isso ocorre com frequência, pode ser um sinal de que algo não está funcionando bem no estômago. Tumores localizados no antro do estômago, próximo ao intestino, podem causar essa sensação de estufamento, pois dificultam a passagem do alimento para o intestino. À medida que o alimento fica retido, o estômago pode se distender tanto que provoca náuseas e vômitos.
Fezes escuras, quase pretas, podem indicar a presença de sangue digerido, o que sugere um sangramento no estômago. Este é um sinal sério que não deve ser ignorado e deve ser tratado como uma emergência médica, pois o sangramento pode ser um indicador de maior gravidade no câncer gástrico.
Dores ou ardência persistente na região superior do estômago podem ser confundidas com gastrite ou refluxo. Essa dor pode variar de uma sensação de queimação a um desconforto em aperto. Se a dor não diminuir com o tempo ou com tratamentos habituais, é importante investigar mais profundamente, pois pode ser um sinal de algo mais grave, como câncer de estômago.
A perda de peso sem uma causa aparente é outro sinal de alerta. O tumor pode obstruir o caminho natural do alimento, prejudicando a absorção de nutrientes. Além disso, o câncer se comporta como um parasita, "roubando" os nutrientes do corpo e alterando o metabolismo, levando à perda de peso significativa mesmo com a ingestão normal de alimentos. Esse processo também contribui para a perda de massa muscular.
O cansaço constante pode ser causado por anemia associada ao câncer de estômago. À medida que o tumor cresce, pequenos sangramentos podem ocorrer, muitas vezes percebidos apenas pelos sintomas de uma anemia grave.
Se o cansaço persistir, mesmo após descansar adequadamente, é fundamental procurar avaliação médica.
Pessoas com fatores de risco para câncer de estômago devem estar ainda mais atentas. Entre os principais fatores de risco estão:
Vale lembrar que esses sinais podem estar associados a outras condições. Se você perceber algum desses sintomas, é essencial consultar um médico para avaliação. A detecção precoce é vital para aumentar as chances de tratamento e recuperação.
]]>A obesidade é uma condição crônica que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, trazendo consigo uma série de complicações de saúde. Tradicionalmente, a cirurgia bariátrica tem sido uma das opções mais eficazes para tratar a obesidade severa. No entanto, com o surgimento de novos medicamentos como o tirzepatida, muitos se perguntam: será que esses tratamentos podem substituir a cirurgia bariátrica? Neste post, vamos analisar as diferenças entre esses métodos e como eles podem complementar-se no tratamento da obesidade.
Tirzepatida é um medicamento injetável desenvolvido inicialmente para o tratamento do diabetes. Estudos recentes têm mostrado que a tirzepatida também promove uma significativa perda de peso, levando muitos a considerá-la uma alternativa não cirúrgica para o tratamento da obesidade.
O Mounjaro age sobre os receptores de GLP-1 e GIP para aumentar a sensação de saciedade e reduzir a ingestão de alimentos. Ele melhora o controle glicêmico, o que é benéfico tanto para pacientes com diabetes quanto para aqueles com resistência à insulina. Essa medicação resulta em uma redução significativa do peso corporal.
Os principais efeitos colaterais da tirzepatida são:
Assim como o Tirzepatida, a semaglutida é outro medicamento que atua como agonista do receptor de GLP-1 e tem sido utilizado para o controle do diabetes e perda de peso. Ambos os medicamentos têm mostrado eficácia na perda de peso, mas a tirzepatida pode oferecer uma redução de peso mais acentuada devido à sua dupla ação sobre os receptores GLP-1 e GIP. De acordo com um novo estudo publicado no JAMA Internal Medicine, o tirzepatida apresentou melhores resultados em diversos parâmetros de perda de peso, além de uma maior perda de peso total, quando comparado à semaglutida.
A cirurgia bariátrica é um conjunto de procedimentos cirúrgicos projetados para ajudar na perda de peso em pessoas com obesidade severa. Esses procedimentos alteram o trato gastrointestinal para restringir a ingestão de alimentos e/ou reduzir a absorção de nutrientes. A cirurgia bariátrica não só promove uma perda de peso significativa, mas também melhora ou resolve muitas condições associadas à obesidade, como diabetes, hipertensão e apneia do sono.
A cirurgia bariátrica oferece benefícios duradouros que vão além da simples perda de peso. Ela promove mudanças hormonais que ajudam a manter o peso perdido, melhora a qualidade de vida, e pode levar à remissão de doenças crônicas associadas à obesidade. É uma solução eficaz para pessoas que não conseguiram perder peso através de outras intervenções, como dieta, exercício ou medicamentos. As principais indicações da cirurgia bariátrica incluem pacientes com IMC > 40 ou IMC entre 35 e 40 com comorbidades.
Comparado com qualquer tratamento medicamentoso, como o tirzepatida, a grande diferença da bariátrica é que a intervenção cirúrgica tende a ser mais duradoura e definitiva, enquanto pacientes em uso de medicações tendem a ganhar peso se suspenderem o tratamento. Claro, isso depende de uma série de fatores e é importante um acompanhamento especializado para ajudar a evitar reganho de peso.
Embora o tirzepatida não substitua a cirurgia bariátrica, ele pode ser utilizado em conjunto com ela em determinadas situações. Por exemplo, o tirzepatida pode ser prescrito para ajudar na perda de peso pré-operatória em pacientes com obesidade muito severa, tornando a cirurgia mais segura.
O tirzepatida representa um avanço significativo no tratamento medicamentoso da obesidade, oferecendo uma alternativa menos invasiva para pacientes que não se qualificam ou preferem evitar a cirurgia bariátrica. No entanto, a cirurgia bariátrica continua sendo uma ferramenta indispensável no tratamento da obesidade severa, com benefícios que vão além da perda de peso. O tirzepatida ainda não substitui a eficácia e os resultados a longo prazo que a cirurgia bariátrica oferece.
]]>A cirurgia bariátrica é uma intervenção significativa na vida de quem luta contra a obesidade, trazendo mudanças profundas tanto na saúde quanto no estilo de vida. Para assegurar que esses pacientes recebam um atendimento adequado em qualquer situação, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM) disponibiliza a Carteirinha de Identificação do Paciente Bariátrico. Este documento não apenas garante um acompanhamento médico mais seguro, mas também oferece uma série de vantagens práticas e benefícios que podem ser aproveitados no dia a dia.
A Carteirinha de Identificação do Paciente Bariátrico foi criada com o intuito de reunir informações essenciais sobre o paciente que passou por uma cirurgia bariátrica. Em situações de emergência, por exemplo, essa carteirinha pode fazer a diferença. Ela inclui dados como o tipo de cirurgia, o nome do cirurgião responsável, entre outras informações. Assim, se o paciente viajar e for atendido por outra equipe médica, estas informações permitem que profissionais de saúde tomem decisões, garantindo um tratamento adequado e seguro.
A SBCBM disponibiliza a carteirinha em formato digital através do aplicativo Barilife. Essa versão digital facilita ainda mais o acesso às informações do paciente e amplia as funcionalidades oferecidas. Além de conter um QR Code personalizado que permite a consulta rápida dos dados, o aplicativo oferece recursos como dicas de dieta, receitas saudáveis, lembretes de hidratação e a localização de hospitais com serviços de cirurgia bariátrica, tudo isso à palma da mão do paciente.
Além da segurança que proporciona, a carteirinha oferece aos pacientes bariátricos uma série de benefícios práticos. Um dos mais notáveis é o desconto de 30% a 50% em refeições em restaurantes à la carte e rodízios. Em julho de 2016, a Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou uma lei que concedia descontos de 30% a 50% no valor integral das refeições em restaurantes à la carte e rodízios para pessoas submetidas ao tratamento cirúrgico da obesidade. No entanto, em 2021, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo declarou inconstitucional a Lei Estadual 16.270/2016, alegando que ela violava o princípio da livre iniciativa.
Apesar disso, muitos restaurantes continuam a oferecer descontos voluntariamente! Para facilitar o acesso a esses estabelecimentos, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM) desenvolveu o aplicativo Barilife, disponível na Apple Store e no Google Play. O aplicativo ajuda pacientes bariátricos a localizar restaurantes que participam da iniciativa e concedem descontos.
Para obter o desconto, basta apresentar a carteirinha digital do Barilife, que é gratuita e gerada diretamente no aplicativo após o paciente informar que realizou a cirurgia bariátrica. Além disso, a SBCBM promove a Rede Amiga, uma iniciativa que incentiva restaurantes e academias a oferecerem benefícios exclusivos para pacientes bariátricos.
Para usufruir deste benefício, basta apresentar a Carteirinha de Identificação que comprove a realização da cirurgia bariátrica. Embora esta lei seja específica para o estado de São Paulo, outras regiões do Brasil possuem iniciativas semelhantes.
Se você conhece restaurantes que concedem desconto ou algum benefício para pacientes bariátricos, apresente a Rede Amiga! Na Rede Amiga, os estabelecimentos recebem:
O formulário de inscrição está disponível no link da bio e no site https://barilife.org.br/.
Para obter a Carteirinha de Identificação do Paciente Bariátrico, o primeiro passo é baixar o aplicativo Barilife, disponível tanto para smartphones Apple quanto Android. Após o download, o paciente deve preencher suas informações pessoais e os detalhes da cirurgia. Uma vez completado o cadastro, o cirurgião bariátrico responsável validará as informações, e a carteirinha será disponibilizada digitalmente.
É importante frisar que somente cirurgiões bariátricos reconhecidos pela SBCBM podem validar a carteirinha.
Caso o paciente encontre dificuldades com o uso do aplicativo ou na obtenção da carteirinha, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM) está disponível para oferecer suporte e orientação. O objetivo é garantir que todos os pacientes possam acessar e utilizar a carteirinha de forma eficaz, aproveitando ao máximo os benefícios que ela oferece.
A Carteirinha de Identificação do Paciente Bariátrico é muito mais do que um documento: é uma ferramenta de segurança, suporte e conveniência para aqueles que passaram pela cirurgia bariátrica. Ao garantir que suas informações de saúde estejam sempre à mão, a carteirinha promove um acompanhamento contínuo e facilita a vida de quem busca uma nova jornada de saúde após a bariátrica.
]]>A obesidade não é apenas uma questão estética. É uma condição de saúde séria que pode desencadear uma série de complicações. Quando o corpo acumula gordura em excesso, ele não apenas armazena energia, mas também afeta vários sistemas corporais. Entre os problemas mais graves relacionados à obesidade, está o aumento do risco de câncer.
Existem três principais formas pelas quais a obesidade pode contribuir para o desenvolvimento de tumores:
Quando o corpo acumula gordura, ele também desencadeia um processo inflamatório. A inflamação crônica é uma resposta do sistema imunológico que, com o tempo, pode danificar tecidos saudáveis. Esse dano constante aumenta o risco de mutações nas células, que podem se transformar em tumores.
O excesso de peso também pode levar ao aumento da produção de insulina, pois obesidade está associada a resistência à insulina. Altos níveis desse hormônio no sangue não apenas ajudam a controlar o açúcar, mas também podem promover o crescimento celular descontrolado, criando um ambiente propício para o desenvolvimento de cânceres.
As células de gordura produzem estrógeno, um hormônio que, em excesso, pode estimular o crescimento de células anormais, especialmente em órgãos como o útero e as mamas. Isso aumenta significativamente o risco de desenvolvimento de certos tipos de câncer, como o de mama.
Aqui está uma lista de alguns dos principais tumores relacionados à obesidade:
Manter um peso saudável é fundamental para reduzir risco de câncer. Isso pode ser alcançado por meio de uma dieta balanceada e da prática regular de exercícios físicos. Por vezes, cirurgia bariátrica pode ser indicada.
Adote uma alimentação rica em frutas, vegetais, grãos integrais e proteínas magras. Evite alimentos ultraprocessados, refrigerantes e bebidas açucaradas, que podem contribuir para o ganho de peso.
A prática regular de exercícios é essencial. Tente realizar ao menos 150 minutos de atividade física moderada ou 75 minutos de atividade física vigorosa por semana. A atividade física ajuda não só na perda de peso, mas também controla a resistência a insulina e ajuda na manutenção de um corpo saudável, capaz de combater o câncer.
Mudanças graduais no estilo de vida podem ter um impacto significativo. Comece com pequenos passos, como optar por escadas em vez de elevadores ou trocar uma sobremesa açucarada por uma fruta de baixa concentração de açúcar. Com o tempo, essas pequenas mudanças somam grandes benefícios para a sua saúde.
Pacientes com indicação para cirurgia bariátrica se beneficiam do procedimento principalmente a longo prazo. Isso acontece porque os maiores danos que a obesidade causa no corpo está relacionada a alterações hormonais e inflamação durante muitos anos. Ou seja, quanto antes tratar a obesidade, menor o risco de desenvolvimento de câncer.
Os dois principais tipos de cirurgia bariátrica são a gastrectomia vertical e o bypass gástrico. Junte-se ao seu médico para definir qual a melhor estratégia para seu caso.
A obesidade é um fator de risco significativo para o desenvolvimento de câncer, mas é algo que pode ser controlado. Adotando uma alimentação saudável e se mantendo ativo, você pode não apenas perder peso, mas também proteger sua saúde a longo prazo. Não deixe que a obesidade coloque sua vida em risco – comece a fazer mudanças hoje mesmo e colha os benefícios de um futuro mais saudável.
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