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As hérnias da parede abdominal são protrusões de conteúdo abdominal que surgem devido à fraqueza ou defeito da parede abdominal.
As principais hérnias da parede abdominal são as hérnias umbilicais, as hérnias epigástricas, as hérnias inguinais, as hérnias femorais e as hérnias incisionais. Nesse artigo, abordaremos a hérnia umbilical.
A hérnia umbilical surge devido ao enfraquecimento gradual do tecido cicatricial do umbigo. Nas crianças, a maioria das hérnias umbilicais é de causa congênita, ou seja, já nasceram com essa condição devido ao não fechamento do anel umbilical.
Hérnias umbilicais de pequeno volume geralmente são protrusões de gordura abdominal. Já as maiores podem conter intestino delgado ou cólon.
Condições que aumentam a pressão intra-abdominal, como gestação, ascite, obesidade e distensão abdominal por tumor, são fatores associados ao desenvolvimento de hérnia umbilical no adulto.
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As manifestações da hérnia umbilical dependem do tamanho do defeito na parede abdominal e da hérnia, porém, a maioria das hérnias são assintomáticas.
Dor local usualmente é decorrente de encarceramento intermitente do conteúdo abdominal.
Dor intensa associada a náuseas e vômitos, além da presença de sinais inflamatórios na hérnia umbilical são alertas de estrangulamento.
O diagnóstico da hérnia umbilical é realizado por meio do exame físico. Ocasionalmente, são necessários exames de imagem para confirmação, o que pode ser preciso para pacientes obesos ou hérnias pequenas.
A European Hernia Society e a American Hernia Society, em conjunto, publicaram o guideline para tratamento de hérnia umbilical.
O tratamento de escolha da hérnia umbilical no adulto é a correção cirúrgica na maioria das vezes.
Em recém-nascidos e crianças pequenas com hérnia umbilical, espera-se o fechamento espontâneo do defeito na parede abdominal, exceto se houver encarceramento ou estrangulamento.
As técnicas para correção da hérnia umbilical incluem ou não usar telas dependendo do tamanho do diâmetro da hérnia. Hérnias com menos de 1 cm de diâmetro podem ser corrigidas por meio de um sutura simples do defeito na parede abdominal.
Hérnias maiores geralmente devem ser corrigidas com uso de telas.
As técnicas para colocação das próteses são semelhantes às utilizadas para as hérnias incisionais. Pode-se utilizar o espaço acima do músculo ou atrás da parede abdominal para colocação das telas.
As complicações pós-operatórias possíveis incluem infecção, seroma e hematoma de ferida operatória.
A recorrência da hérnia umbilical é mais comum em pacientes obesos, ascíticos, idosos, portadores de defeitos grandes na parede abdominal, entre outros.
