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A diverticulite consiste em uma inflamação dos divertículos, estruturas presentes em outra condição, denominada diverticulose. A diverticulose consiste na presença de protrusões na mucosa e submucosa do cólon em áreas de menor resistência com a formação de pseudodivertículos.
A diverticulose consiste na alteração estrutural do cólon assintomática. Quando há sintomas, essa condição passa a ser denominada doença diverticular dos cólons.
A maioria dos pacientes com diverticulose não possui sintomas, porém, em torno de 25% apresentam dor e desconforto abdominal (doença diverticular) e até 5% podem evoluir para diverticulite, que abordaremos a seguir.
A diverticulite, inflamação dos divertículos, acomete principalmente indivíduos com mais de 40 anos e sua prevalência aumenta com a idade, sendo encontrada em até 70% dos idosos com mais de 80 anos.
Fatores associados ao desenvolvimento de diverticulose são dietas com baixo consumo de fibras, alto teor de gordura, açúcar e carne vermelha. As complicações da doença se desenvolvem principalmente em pacientes obesos, sedentários, tabagistas, usuários de corticoide ou ácido acetilsalicílico.
A diverticulite ocorre devido à obstrução dos divertículos, que propiciam o desenvolvimento bacteriano e a isquemia tecidual.
Essa condição gera um processo inflamatório que pode passar pela parede intestinal por meio de microperfurações, inflamação do tecido gorduroso e do mesentério (revestimento da cavidade abdominal).
Os pacientes com doença diverticular dos cólons podem apresentar desconforto abdominal intermitente ou constante, flatulência, distensão abdominal e alteração do hábito intestinal.
Já os pacientes com diverticulite aguda apresentam, geralmente, dor abdominal na fossa ilíaca esquerda (extremidade inferior esquerda do abdome), associada a diminuição do apetite, vômitos, alteração do hábito intestinal, além de poderem ser identificadas massa palpável ou plastrão.
Em casos mais graves de diverticulite, pode haver sinais de peritonite (inflamação do peritônio, tecido que reveste a cavidade abdominal), distensão abdominal, febre alta e choque séptico, condição de alta morbidade e mortalidade.
O diagnóstico da diverticulite envolve a análise da história clínica, do exame físico e de exames laboratoriais e de imagem, visando classificar a doença como complicada ou não complicada, o que orientará o tratamento.
Além dos sintomas e achados no exame físico citados, deve-se solicitar exames laboratoriais que podem evidenciar leucocitose e aumento dos marcadores inflamatórios, como proteína-C reativa, velocidade de hemossedimentação e alfa-1 glicoproteína ácida.
Entre os exames de imagem, pode-se iniciar a investigação por meio de uma radiografia de abdome deitado e em pé. A tomografia computadorizada de abdome permite a visualização de diversos achados que confirmam o diagnóstico e a gravidade da condição.
Entre os diagnósticos diferenciais da diverticulite, ou seja, doenças que apresentam sintomas semelhantes e que devem ser descartadas, estão a doença inflamatória intestinal, gravidez ectópica, cistite, neoplasias e colite.
A crise aguda de diverticulite leve pode ser abordada ambulatorialmente com dieta leve e medicações sintomáticas.
Porém, pacientes com diverticulite moderada a grave, intolerantes a medicações via oral, dor refratária e sintomas persistentes após 72 horas de tratamento ambulatorial devem ser internados para receber reposição de líquidos e eletrólitos, antibioticoterapia e avaliação da necessidade de cirurgia. Condições mais graves podem necessitar de abordagem cirúrgica mais rapidamente.
A recorrência da diverticulite pode ocorrer em até 20% dos pacientes. Assim, alguns pacientes se beneficiam da indicação de cirurgia eletiva. Para decisão em relação a cirurgia, alguns fatores são levados em consideração, como idade, comorbidades, gravidade de quadros prévios, ou pacientes que apresentem alguma das seguintes complicações: estenose, fístula ou sangramento diverticular recorrente.