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Câncer de esôfago

Tempo de Leitura: 3 min
Atualizado em: 13/07/2023
Sumário

O câncer de esôfago é um dos principais cânceres gastrointestinais. É agressivo e se não for tratado precocemente, está associado a alta mortalidade. Segundo a International Society for Diseases of the Esophagus, o câncer de esôfago é o 6º tumor mais frequente no mundo.

O tipo histológico do câncer de esôfago mais frequente no Brasil é o carcinoma epidermoide escamoso. Já os outros casos são do tipo adenocarcinoma, que vêm aumentando sua incidência, principalmente nos países do ocidente. Dados do Ministério da Saúde indicam um aumento significativo da proporção de casos de adenocarcinoma. O  tumor neuroendócrino é bem mais raro.

O que é o câncer de esôfago?

O câncer de esôfago do tipo carcinoma epidermóide consiste em um tumor maligno que é mais prevalente em idades mais avançadas, com associação com exposição prolongada a agentes carcinógenos, como álcool e tabaco. 

Já o câncer de esôfago do tipo adenocarcinoma consiste em um tumor maligno associado ao esôfago de Barrett, uma doença causada pelo refluxo crônico sem tratamento adequado. 

O que causa o câncer de esôfago?

As causas do câncer de esôfago do tipo carcinoma epidermóide incluem a associação de agentes externos e fatores genéticos. No Brasil, destacam-se entre esses agentes: etanol, tabagismo, consumo de bebidas quentes, consumo de pimenta e mate. No Brasil é comum também a associação com acalasia. 

Como já citado, o câncer de esôfago do tipo adenocarcinoma geralmente surge no esôfago de Barrett. Fatores de risco para o desenvolvimento desse tipo de câncer é sexo masculino, obesidade, dieta pobre em fibras e vegetais, tabagismo, entre outros.

Quais são os sintomas do câncer de esôfago?

Em estágios iniciais, o câncer de esôfago pode ser assintomático. Quando se manifesta, o sintoma mais comum é a dificuldade para engolir, presente em 80 a 90% dos pacientes. Esse sintoma evolui progressivamente de alimentos sólidos para líquidos de forma rápida.

A dificuldade para engolir se inicia quando ½ a ⅓ do lúmen do esôfago está obstruído pelo tumor. Por isso, na maioria dos casos, o diagnóstico se dá em estágio avançado da doença.

Outros indícios do câncer de esôfago são:

  • Emagrecimento
  • Dor ao engolir
  • Excesso de salivação
  • Tosse crônica
  • Pneumonia
  • Alteração na voz
  • Anemia 

Como é o diagnóstico do câncer de esôfago?

O diagnóstico do câncer de esôfago é realizado por meio da história clínica, do exame físico e dos exames complementares. 

Os exames solicitados possuem o objetivo de identificar a extensão do tumor e o acometimento do órgão. Além disso, avaliação da nutrição e investigação de outras comorbidades devem ser realizadas.

O câncer de esôfago pode ser diagnosticado pela endoscopia digestiva alta, que permite a realização da biópsia para confirmação histopatológica.

Como funciona o tratamento do câncer de esôfago?

O tratamento de escolha para o câncer de esôfago será definido conforme o estadiamento, que consiste na identificação da gravidade, da disseminação e do acometimento sistêmico da doença. O estadiamento pode ser realizado por meio de tomografia computadorizada, ultrassonografia endoscópica e tomografia com emissão de pósitron, entre outros.

O câncer de esôfago é um tumor com um prognóstico ruim e a maioria dos casos são diagnosticados em fases avançadas. Em torno de 60% dos pacientes que realizam cirurgia, apenas ⅔ são candidatos à retirada do câncer. Dessa forma, mais de 40% dos pacientes necessitarão de tratamento paliativo. Por isso, é crucial a realização do diagnóstico o mais precoce possível!

Em casos suspeitos de neoplasia precoce do esôfago pode-se realizar tratamento por ressecção endoscópica. 
A cirurgia do câncer de esôfago é a principal forma de tratamento curativo para tumores com comprometimento local, podendo ou não ser precedida de radioterapia e/ou quimioterapia.

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Dr. Francisco Tustumi
Sou Graduado em Medicina, fiz Residência Médica em Cirurgia Geral e Cirurgia do Aparelho Digestivo, Mestre em Ciências em Gastroenterologia e Doutorado em Ciências em Gastroenterologia, especialista em Habilitação e Qualificação em Cirurgia Oncológica do Aparelho Digestivo e em Cirurgia Bariátrica

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