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Câncer de cólon

Tempo de Leitura: 3 min
Atualizado em: 13/07/2023
Sumário

O intestino grosso, também denominado cólon, consiste na porção final do trato gastrointestinal e possui os seguintes segmentos: cólon ascendente, cólon transverso, cólon descendente e reto. A função do cólon é absorção de água, nutrientes e eletrólitos. 

O câncer de cólon, também denominado câncer colorretal, é o 3º tipo de câncer mais frequente em homens e o 2º em mulheres. Além disso, é a 3ª causa de morte por câncer no mundo.

O que é câncer de cólon?

O câncer de cólon consiste em um tumor maligno do intestino grosso. É mais incidente após os 50 anos, mas a cada ano se torna mais comum o acometimento de pacientes jovens.

Entre os fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de cólon história pessoal ou familiar de câncer colorretal, pólipos adenomatosos, síndromes hereditárias, doença inflamatória intestinal, radiação abdominal, acromegalia, dieta rica em carne vermelha e pobre em vegetais, álcool e tabaco, obesidade, diabetes mellitus, entre outros.

O que causa o câncer de cólon?

Diversos são os fatores de risco para o câncer de cólon, como idade, antecedentes familiares, consumo excessivo de carnes processadas, entre outras. A maioria dos casos de câncer de cólon se desenvolvem a partir de pólipos adenomatosos, que evoluem a partir de displasias de baixo para alto grau até desenvolver o câncer. Essa evolução ocorre em média ao longo de anos. Os demais casos de câncer de cólon se desenvolvem a partir de outros tipos de lesões.

O risco de câncer de cólon em pacientes com pólipos adenomatosos se relaciona ao tamanho, ao número e ao tipo histológico. Por isso, pacientes com esses achados devem ser submetidos a acompanhamento com colonoscopia conforme o risco. 

O rastreamento do câncer de cólon está indicado para pessoas com mais de 50 anos sem fatores adicionais de risco. O principal exame para esse fim é a colonoscopia.

Pacientes de grupos de alto risco, como aqueles com histórico pessoal ou familiar de pólipos adenomatosos ou câncer, a estratégia de rastreio deve ser precoce.

Quais são os sintomas do câncer de cólon?

A maioria dos pacientes com câncer de cólon realiza o diagnóstico após o surgimento dos sintomas. Os sintomas dependem da localização do tumor. 

Entre os sintomas estão sangramento nas fezes, fezes escuras, dor abdominal, alteração do hábito intestinal e anemia. Entre outras manifestações estão obstrução ou perfuração intestinal com distensão abdominal, náuseas e vômitos. 

Como é o diagnóstico do câncer de cólon?

O diagnóstico do câncer de cólon é realizado por meio da colonoscopia, exame mais acurado para avaliação da doença. A colonoscopia permite a realização de biópsias e polipectomias. Geralmente, as lesões malignas possuem aspecto vegetante, mas também podem ter característica ulcerada e ulceroinfiltrativa.

Caso necessário, outros exames complementares podem ser solicitados, como ressonância, tomografia e colonoscopia virtual. Exames laboratoriais, incluindo marcadores tumorais, também devem ser realizados.

O diagnóstico diferencial do câncer de cólon deve ser realizado com hemorroidas, diverticulite, doença inflamatória intestinal e outros tumores malignos.

Como funciona o tratamento do câncer de cólon?

Após o diagnóstico e estadiamento do câncer de cólon, o tratamento a ser realizado será definido.

Tratamento endoscópico

A ressecção do câncer de cólon por via endoscópica pode ser realizada no tratamento das neoplasias colorretais precoces que não possuem risco de metástases linfonodais. 

Já lesões que invadem a camada submucosa ou infiltram linfonodos e vasos sanguíneos devem ser retiradas cirurgicamente.

Tratamento cirúrgico 

Geralmente, quando o câncer de cólon é considerado ressecável e não é precoce, a cirurgia é o único tratamento curativo possível, por meio da retirada completa do tumor, do pedículo vascular e dos linfonodos. O procedimento pode ser realizado por via aberta, laparoscópica ou robótica. Em nosso artigo esclarecemos os detalhes técnicos da cirurgia colorretal por via robótica. 

Entre as possíveis complicações após a cirurgia estão hemorragias, infecções, trombose e embolia pulmonar e deiscências.

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Dr. Francisco Tustumi
Sou Graduado em Medicina, fiz Residência Médica em Cirurgia Geral e Cirurgia do Aparelho Digestivo, Mestre em Ciências em Gastroenterologia e Doutorado em Ciências em Gastroenterologia, especialista em Habilitação e Qualificação em Cirurgia Oncológica do Aparelho Digestivo e em Cirurgia Bariátrica

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