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Segundo a International Society for Diseases of the Esophagus, a acalasia (ou megaesôfago) consiste em uma doença rara que acomete o esôfago. O esôfago consiste em um tubo muscular que conecta a boca ao estômago e permite a passagem dos alimentos.
Por isso, qualquer distúrbio que influencie sua motilidade e consequentemente, sua função, gera diversos prejuízos nutricionais ao paciente. Assim, vamos compreender o que é a acalasia e como abordá-la.
A acalasia consiste na destruição de células ganglionares do sistema nervoso ligadas ao músculo do esôfago, prejudicando a função desse órgão. Geralmente, essa doença acomete indivíduos com idade entre 25 e 60 anos.
Pacientes com acalasia possuem a função peristáltica do esôfago prejudicada, atrapalhando a alimentação.
A causa é desconhecida, mas alguns estudos sugerem que a causa base da acalasia possa estar relacionada a processos autoimunes e/ou infecciosos em indivíduos que possuem uma susceptibilidade genética. No Brasil, é comum a associação com a doença de Chagas.
A acalasia evolui com uma dilatação progressiva, dificultando a passagem do alimento do esôfago para o estômago.
Assim, os sintomas da acalasia incluem dificuldade para engolir, regurgitação, dor no peito e emagrecimento. A regurgitação ocorre quando os alimentos engolidos ficam “trancados” no esôfago dilatado.
Na doença avançada, os pacientes podem desenvolver bronquite, pneumonia ou abscesso pulmonar devido à regurgitação e aspiração pulmonares.
A pior complicação associada a acalasia é o desenvolvimento de câncer de esôfago. Dessa forma, pacientes com acalasia devem fazer acompanhamento com médico especialista por toda a vida.
A acalasia deve ser diferenciada de condições como pseudoacalasia e espasmo esofágico.
O diagnóstico da acalasia é realizado pela radiografia com deglutição de bário e/ou pela manometria esofágica. A endoscopia também é importante para investigação.
Infelizmente, a acalasia não pode ser evitada ou revertida por qualquer tratamento. O objetivo das intervenções é reduzir a pressão do esfíncter esofágico inferior, de forma a permitir a passagem de alimentos para o estômago, pois a peristalse, ou seja, o movimento muscular natural do esôfago, não há como ser recuperada.
A pressão do esfíncter esofágico inferior pode ser reduzida por meio do uso de medicamentos, dilatação com balão pneumático ou miotomia cirúrgica ou endoscópica (POEM). A escolha de cada tratamento depende das características individuais do paciente e da severidade da doença.
Entre os medicamentos para acalasia estão os nitratos e os bloqueadores dos canais de cálcio. No geral, os medicamentos são relativamente ineficazes e são considerados tratamentos de exceção.
A injeção endoscópica de toxina botulínica promove relaxamento do esfíncter esofageano, facilitando a passagem do alimento para o estômago.
A dilatação pneumática no tratamento da acalasia consiste em uma técnica endoscópica que utiliza um balão dilatador ou sonda que é posicionado no esfíncter esofágico inferior. A principal complicação é a perfuração, que ocorre entre 0,5 e 5%.
O principal procedimento realizado para tratamento da acalasia é a miotomia laparoscópica à Heller, que geralmente é combinada com uma operação antirrefluxo, a fundoplicatura parcial. Esse procedimento possui bons resultados na maioria dos casos.
A miotomia realizada por endoscopia é uma alternativa à cirúrgica. A desvantagem é a impossibilidade de realizar uma válvula anti-refluxo. Assim, o principal evento adverso está relacionado ao refluxo.
Em pacientes graves em que esses procedimentos não são efetivos, o tratamento envolve a ressecção do esôfago com reconstrução com estômago ou interposição de um segmento do cólon.