Consulta cirurgião do aparelho digestivo - Dr. Francisco Tustumi https://franciscotustumi.com.br Cirurgia Geral e Cirurgia do Aparelho Digestivo Mon, 11 Aug 2025 12:58:43 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.4.3 https://franciscotustumi.com.br/wp-content/uploads/2023/01/favicon-150x150.jpg Consulta cirurgião do aparelho digestivo - Dr. Francisco Tustumi https://franciscotustumi.com.br 32 32 Câncer de Pâncreas: Entenda os Riscos, Sintomas e Tratamentos https://franciscotustumi.com.br/cancer-de-pancreas-entenda-os-riscos-sintomas-e-tratamentos/ https://franciscotustumi.com.br/cancer-de-pancreas-entenda-os-riscos-sintomas-e-tratamentos/#respond Mon, 11 Aug 2025 12:58:43 +0000 https://franciscotustumi.com.br/?p=1158 O câncer de pâncreas é uma das neoplasias mais agressivas da medicina. Devido à sua localização profunda no abdômen e à ausência de sintomas específicos nas fases iniciais, ele costuma ser diagnosticado tardiamente, o que compromete significativamente as chances de cura. Neste artigo, você vai entender o que é o câncer de pâncreas, por que ele é tão perigoso, quais os fatores de risco, as formas de diagnóstico, opções de tratamento e como a ciência tem avançado na luta contra essa doença.

O que é o câncer de pâncreas?

O pâncreas é um órgão localizado atrás do estômago, responsável por produzir enzimas que auxiliam na digestão e hormônios que controlam o açúcar no sangue, como a insulina. O câncer de pâncreas ocorre quando células desse órgão crescem de forma descontrolada, formando um tumor maligno.

O tipo mais comum é o adenocarcinoma ductal pancreático, que se origina nos ductos responsáveis por transportar as enzimas digestivas. Também existem outros tipos, como os tumores neuroendócrinos, menos frequentes e geralmente menos agressivos.

Por que o câncer de pâncreas é tão perigoso?

Esse câncer é considerado silencioso porque geralmente não causa sintomas nos estágios iniciais. Quando os sinais aparecem, o tumor já costuma estar avançado ou ter se espalhado para outros órgãos, como fígado e pulmões.

Além disso, o pâncreas está localizado profundamente no abdome, o que dificulta a detecção de alterações físicas. Isso faz com que o diagnóstico precoce seja raro.

Prognóstico e estatísticas

O câncer de pâncreas possui uma das mais baixas taxas de sobrevida entre os tumores malignos. A taxa média de sobrevida em 5 anos, considerando todos os estágios, gira em torno de 5 a 10%. Se descoberto precocemente (quando o tumor ainda é ressecável), a chance de cura pode chegar a 30% a 40%.

No Brasil, o câncer de pâncreas está entre as 10 principais causas de morte por câncer, e subiu da 11ª para a 6ª posição nos últimos 20 anos. O aumento da expectativa de vida, do sedentarismo e do diabetes tipo 2 são fatores que contribuem para essa tendência.

Fatores de risco

Alguns fatores estão associados ao aumento do risco de desenvolver câncer de pâncreas:

  • Idade acima de 60 anos;
  • Histórico familiar de câncer pancreático;
  • Tabagismo;
  • Obesidade;
  • Diabetes tipo 2;
  • Pancreatite crônica;
  • Síndromes genéticas hereditárias (como síndrome de Lynch e mutações BRCA2).

Sintomas mais comuns

Os sintomas iniciais costumam ser inespecíficos. Conforme o tumor cresce, alguns sinais podem ficar mais nítidos:

  • Dor abdominal ou nas costas;
  • Icterícia (pele e olhos amarelados);
  • Perda de peso sem explicação;
  • Fadiga;
  • Falta de apetite;
  • Urina escura e fezes claras;
  • Diabetes de início recente.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico geralmente envolve uma combinação de exames clínicos e de imagem. Os principais exames são:

  • Ultrassonografia abdominal;
  • Tomografia computadorizada (TC);
  • Ressonância magnética (RM);
  • CPRE (colangiopancreatografia retrógrada endoscópica);
  • Punção com agulha fina (biópsia guiada por imagem).

Em casos suspeitos, exames de sangue como o marcador tumoral CA 19-9 também podem ser solicitados, embora não sejam suficientes para diagnóstico isolado.

Quais são os tratamentos disponíveis?

O tratamento depende do estágio da doença, localização do tumor e condições clínicas do paciente. As opções incluem: 

  • Cirurgia: É o único tratamento com potencial curativo, indicado apenas em casos de doença localizada. As cirurgias mais comuns são a pancreatectomia distal e a duodenopancreatectomia (cirurgia de Whipple). Outros tipos de cirurgias podem ser consideradas, a depender do quadro clínico.
  • Quimioterapia: Pode ser usada antes (neoadjuvante) ou depois da cirurgia (adjuvante), ou como tratamento principal em casos avançados.
  • Radioterapia: Em alguns casos, é associada à quimioterapia para controlar o crescimento do tumor ou aliviar sintomas.
  • Cuidados paliativos: Quando a doença é avançada e não há possibilidade de cura, o foco é aliviar sintomas e oferecer qualidade de vida.

Avanços na medicina

Nos últimos anos, novos esquemas de quimioterapia, testes genéticos e terapias-alvo têm melhorado o tratamento do câncer de pâncreas. Estudos com imunoterapia e detecção precoce estão em andamento, trazendo esperança para o futuro.

Conclusão

O câncer de pâncreas é uma doença séria, com alta taxa de mortalidade, mas que pode ter melhores desfechos se diagnosticado precocemente. Estar atento aos fatores de risco e procurar avaliação médica diante de sintomas persistentes é fundamental.

Se você tem histórico familiar ou fatores de risco, converse com seu médico sobre estratégias de rastreamento. Informação e vigilância são as melhores armas contra essa doença.

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Cirurgia Robótica: Revolucionando o Tratamento do Aparelho Digestivo https://franciscotustumi.com.br/cirurgia-robotica-revolucionando-o-tratamento-do-aparelho-digestivo/ https://franciscotustumi.com.br/cirurgia-robotica-revolucionando-o-tratamento-do-aparelho-digestivo/#respond Mon, 28 Jul 2025 18:23:19 +0000 https://franciscotustumi.com.br/?p=1151 A cirurgia robótica vem transformando o tratamento das doenças do aparelho digestivo ao oferecer maior precisão, menor trauma cirúrgico e recuperação mais rápida para os pacientes. Utilizando tecnologia de ponta, como visão 3D ampliada e instrumentos articulados controlados pelo cirurgião, esse tipo de procedimento proporciona resultados superiores em muitos casos, especialmente em cirurgias colorretais, bariátricas e do fígado. Apesar das inúmeras vantagens, o uso da robótica ainda enfrenta desafios como o custo elevado, a curva de aprendizado e algumas limitações em situações de emergência. Neste texto, você vai entender o que é a cirurgia robótica, como ela funciona, suas principais indicações e contraindicações, além da importância da certificação do cirurgião e da expansão dessa tecnologia no Brasil e no mundo.

Sala cirúrgica com braços robóticos e iluminação intensa, ilustrando o conceito de cirurgia robótica no tratamento médico.

O que é Cirurgia Robótica?

A cirurgia robótica é uma evolução dos procedimentos minimamente invasivos. Ela permite ao cirurgião operar com mais precisão por meio de um console, controlando braços robóticos que realizam os movimentos com extrema delicadeza e estabilidade. O principal sistema utilizado mundialmente é o da Vinci Surgical System, desenvolvido pela Intuitive Surgical. Desde sua introdução nos anos 1990, esse sistema tem sido amplamente adotado em cirurgias digestivas, urológicas, ginecológicas e torácicas.

Mais da metade das plataformas robóticas do mundo está concentrada nos Estados Unidos, refletindo investimento em inovação médica. O mapa abaixo ilustra essa disparidade:

cirurgia robotica revolucionando o tratamento do aparelho digestivo dr francisco tustumi mapa

No Brasil, a cirurgia robótica chegou em 2008 e, inicialmente, estava restrita a grandes hospitais privados. Atualmente, já é realidade também em unidades públicas e regionais, especialmente em centros com alta demanda por cirurgias de alta complexidade.

À medida que os custos se tornam mais acessíveis e o número de profissionais qualificados cresce, a tendência é que a cirurgia robótica se torne cada vez mais presente no Brasil. Essa evolução representa um marco importante na medicina brasileira, tornando tratamentos de alta complexidade mais seguros e menos invasivos para a população.

Vantagens da Cirurgia Robótica no Aparelho Digestivo

A robótica oferece diversos benefícios tanto para o cirurgião quanto para o paciente. Entre os principais, destacam-se:

  • Precisão aumentada: instrumentos que imitam os movimentos da mão humana, mas com amplitude e estabilidade superiores.
  • Visão 3D ampliada em até 10 vezes, permitindo maior detalhamento de estruturas delicadas, como nervos e vasos.
  • Menor risco de complicações: redução no sangramento, menor risco de infecção e dor pós-operatória mais leve.
  • Recuperação acelerada, com alta hospitalar mais precoce em diversos procedimentos, como nas colectomias.

Essas vantagens são especialmente evidentes em cirurgias que exigem dissecação minuciosa e precisão milimétrica, como em tumores do reto, bypass gástrico e hepatectomias.

Limitações e Desvantagens da Cirurgia Robótica

Apesar dos benefícios, a tecnologia ainda apresenta alguns desafios:

  • Custo elevado: os sistemas robóticos podem custar cerca de 2 milhões de dólares, com manutenção anual de alto valor.
  • Curva de aprendizado: é necessário treinamento específico e prática em pelo menos 20 a 30 procedimentos para alcançar domínio técnico.
  • Ausência de tato: o cirurgião não sente diretamente os tecidos, o que exige maior atenção visual e habilidade.

Além disso, nem todos os pacientes são candidatos ideais para a cirurgia robótica.

Quando a Cirurgia Robótica Não é Indicada?

A robótica não é recomendada em algumas situações, como:

  • Emergências abdominais, onde o tempo de preparo do robô pode atrasar a cirurgia.
  • Casos com aderências intensas, como após múltiplas cirurgias anteriores, que dificultam a movimentação dos instrumentos robóticos.
  • Instabilidade clínica, como distúrbios graves de coagulação ou problemas respiratórios descompensados.

Nessas situações, abordagens convencionais podem ser mais seguras.

Principais Aplicações da Cirurgia Robótica no Aparelho Digestivo

Entre os procedimentos mais consolidados com o uso da robótica na cirurgia digestiva, destacam-se:

Certificação do Cirurgião: Garantia de Segurança

A realização de cirurgia robótica exige certificação específica. O cirurgião precisa passar por treinamentos práticos em centros credenciados, como os oferecidos pela própria Intuitive Surgical, e manter-se atualizado por meio de reciclagens periódicas. Essa exigência garante que o profissional esteja apto a utilizar a tecnologia de forma segura e eficaz.

Conclusão:

A cirurgia robótica é uma ferramenta poderosa, que melhora a precisão do procedimento e proporciona benefícios concretos para o paciente. Embora ainda não seja indicada para todos os casos, seu uso racional e bem indicado tem revolucionado a cirurgia do aparelho digestivo. A inovação tecnológica caminha lado a lado com o compromisso médico pela segurança e qualidade do cuidado.

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SIBO (Supercrescimento Bacteriano no Intestino Delgado): O Guia Completo https://franciscotustumi.com.br/sibo-supercrescimento-bacteriano-no-intestino-delgado-o-guia-completo/ https://franciscotustumi.com.br/sibo-supercrescimento-bacteriano-no-intestino-delgado-o-guia-completo/#respond Mon, 23 Jun 2025 14:12:38 +0000 https://franciscotustumi.com.br/?p=1137 Você sofre com inchaço abdominal constante, gases excessivos, diarreia ou prisão de ventre que não melhoram com mudanças na dieta? Esses sintomas podem ser sinais de SIBO (Supercrescimento Bacteriano no Intestino Delgado), uma condição comum, mas muitas vezes negligenciada.

Neste artigo, vamos explicar o que é SIBO, suas causas, sintomas, como diagnosticar e as melhores formas de tratamento, incluindo abordagens médicas e naturais.

O Que é SIBO?

intestino delgado é onde a maior parte da digestão e absorção de nutrientes acontece. Diferente do intestino grosso, que abriga trilhões de bactérias, o intestino delgado deve ter uma quantidade relativamente baixa de microrganismos.

No SIBO (Small Intestinal Bacterial Overgrowth), há um crescimento excessivo de bactérias no intestino delgado, muitas vezes de tipos que deveriam estar apenas no cólon. Essas bactérias fermentam carboidratos não digeridos, produzindo gases como hidrogênio e metano, que levam aos sintomas desconfortáveis.

Principais Causas do SIBO

O SIBO não surge do nada. Algumas das causas mais comuns incluem:

  • Baixa produção de ácido estomacal (por uso excessivo de antiácidos, gastrite ou envelhecimento)
  • Problemas na motilidade intestinal (como em casos de síndrome do intestino irritável, diabetes ou esclerodermia)
  • Alterações anatômicas (cirurgias bariátricas, aderências pós-cirúrgicas ou divertículos)
  • Disfunções no sistema imunológico (como em doenças autoimunes)
  • Uso prolongado de antibióticos ou inibidores da bomba de prótons (IBPs)

Sintomas do SIBO: Como Saber Se Você Tem?

Os sintomas do SIBO podem variar, mas os mais comuns incluem:

  • Inchaço abdominal (principalmente após comer)
  • Gases excessivos (com odor forte ou não)
  • Diarreia ou prisão de ventre (às vezes alternando entre os dois)
  • Dor e desconforto abdominal
  • Má absorção de nutrientes (levando a deficiências de vitaminas como B12, ferro e lipossolúveis – A, D, E, K)
  • Fadiga crônica e dores articulares (devido à inflamação sistêmica)

Muitas pessoas com SIBO são diagnosticadas erroneamente com síndrome do intestino irritável (SII), intolerância à lactose ou doença celíaca, pois os sintomas são semelhantes.

Como Diagnosticar o SIBO?

Se você suspeita de SIBO, existem três principais formas de investigação:

1. Teste do Hidrogênio Expiratório

  • método mais comum para detectar SIBO.
  • O paciente ingere uma solução de glicose ou lactulose e, em seguida, sopra em um aparelho em intervalos regulares.
  • Se houver picos precoces de hidrogênio ou metano, isso indica fermentação bacteriana no intestino delgado.

2. Exames de Fezes e Análise Microbiana

  • Úteis para avaliar desequilíbrios na microbiota, mas não confirmam SIBO sozinhos.

3. Exames de Sangue (para deficiências nutricionais)

  • Deficiências em vitamina B12, ferro, magnésio e vitaminas lipossolúveis (A, D, E, K) podem sugerir má absorção causada pelo SIBO.

Tratamento do SIBO: Abordagens Eficazes

O tratamento do SIBO deve ser multifatorial, incluindo:

1. Antibióticos (para reduzir o excesso de bactérias)

  • Rifaximina (o mais indicado, age apenas no intestino)
  • Neomicina ou Metronidazol (em casos de SIBO com predominância de metano)

2. Dieta para SIBO (para reduzir a fermentação)

  • Dieta Low-FODMAP (reduz carboidratos fermentáveis) 
  • Dieta Elementar (em casos graves, com fórmulas líquidas de fácil digestão)
  • Evitar álcool, açúcar e alimentos processados

3. Probióticos e Prebióticos (com cautela)

  • Probióticos específicos (como Lactobacillus e Bifidobacterium) podem ajudar, mas em alguns casos pioram os sintomas.
  • Prebióticos (como inulina) devem ser evitados na fase aguda.

4. Melhorar a Motilidade Intestinal

  • Procinéticos naturais (gengibre, triphala)
  • Medicações (em casos específicos)

5. Tratar a Causa de Base

  • Corrigir hipocloridria (baixo ácido estomacal)
  • Gerenciar doenças autoimunes ou diabetes
  • Evitar uso desnecessário de antiácidos e antibióticos

Prevenção e Cuidados a Longo Prazo

O SIBO pode recorrer se as causas não forem tratadas. Algumas estratégias para evitar recaídas:

  • Comer devagar e mastigar bem
  • Evitar refeições muito grandes
  • Controlar o estresse (que afeta a motilidade intestinal)
  • Monitorar sintomas e ajustar a dieta conforme necessário

Conclusão: SIBO Tem Cura?

Sim, o SIBO pode ser controlado, mas exige um tratamento personalizado. Se você desconfia que tem essa condição, consulte um gastroenterologista ou nutricionista funcional para um diagnóstico preciso.Com a abordagem correta, é possível restaurar o equilíbrio intestinal e recuperar a qualidade de vida!

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Acalasia: Entendendo o Distúrbio que Afeta a Deglutição https://franciscotustumi.com.br/acalasia-entendendo-o-disturbio-que-afeta-a-degluticao/ https://franciscotustumi.com.br/acalasia-entendendo-o-disturbio-que-afeta-a-degluticao/#respond Mon, 14 Apr 2025 12:51:39 +0000 https://franciscotustumi.com.br/?p=1115 A acalasia é uma condição rara que prejudica a capacidade do esôfago de mover alimentos em direção ao estômago, causando dificuldades para engolir e outros sintomas desconfortáveis. Este artigo explora as causas, sintomas, diagnóstico e opções de tratamento da acalasia, oferecendo uma visão abrangente para leigos interessados em compreender melhor esse distúrbio esofágico.​

O que é Acalasia?

A acalasia é um distúrbio raro do esôfago que afeta a capacidade deste órgão de mover alimentos em direção ao estômago. O esôfago é um tubo muscular que transporta alimentos e líquidos da boca para o estômago. Na acalasia, o esfíncter esofágico inferior (EEI) – uma válvula muscular que se abre para permitir a passagem dos alimentos para o estômago – não relaxa adequadamente durante a deglutição. Além disso, os músculos do esôfago podem perder sua capacidade de realizar as contrações necessárias para empurrar o alimento, resultando em dificuldade para engolir e outros sintomas.​

Causas da Acalasia

Embora a causa exata da acalasia não seja completamente compreendida, acredita-se que fatores como a degeneração dos nervos do esôfago possam estar envolvidos. Possíveis causas e fatores de risco incluem:​

  • Doenças autoimunes: O sistema imunológico ataca erroneamente as células nervosas do esôfago.​
  • Infecções virais: Algumas infecções podem desencadear a degeneração nervosa.​
  • Fatores genéticos: Embora raro, há casos familiares de acalasia, sugerindo uma possível predisposição genética.​

Sintomas Comuns

Os sintomas da acalasia geralmente se desenvolvem gradualmente e podem incluir:​

  • Disfagia: Dificuldade para engolir alimentos sólidos e líquidos.​
  • Regurgitação: Retorno de alimentos não digeridos à boca.​
  • Dor torácica: Desconforto ou dor no peito, especialmente após as refeições.​
  • Perda de peso: Devido à ingestão inadequada de nutrientes.​
  • Pirose: Sensação de queimação no peito, frequentemente confundida com azia.​

Diagnóstico da Acalasia

Para diagnosticar a acalasia, os médicos podem solicitar os seguintes exames:​

  • Esofagomanometria: Mede a pressão e as contrações musculares do esôfago durante a deglutição.​
  • Esofagograma baritado: Radiografia do esôfago após a ingestão de um líquido de contraste para visualizar o trânsito esofágico.​
  • Endoscopia digestiva alta: Exame que permite visualizar diretamente o interior do esôfago e do estômago, descartando outras condições.​

Opções de Tratamento

Embora não haja cura definitiva para a acalasia, existem tratamentos que visam aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida:​

  • Dilatação pneumática: Procedimento que utiliza um balão para expandir o EEI, realizado por endoscopia.
  • Cirurgia (miotomia de Heller): Cirurgia minimamente invasiva para cortar as fibras musculares do EEI, permitindo seu relaxamento.​
  • POEM: Procedimento realizado por endoscopia, seccionando o EEI.
  • Medicamentos: Bloqueadores de canais de cálcio ou nitratos podem ser prescritos para relaxar o EEI, embora sua eficácia seja limitada.​

Considerações Finais

A acalasia é uma condição rara que pode impactar significativamente a qualidade de vida dos pacientes. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para o manejo eficaz dos sintomas. Se você ou alguém que conhece apresenta sintomas sugestivos de acalasia, é fundamental procurar orientação médica para avaliação e intervenção apropriada.

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Colonoscopia: o que é e como é feito o preparo? https://franciscotustumi.com.br/colonoscopia-o-que-e-e-como-e-feito-o-preparo/ https://franciscotustumi.com.br/colonoscopia-o-que-e-e-como-e-feito-o-preparo/#respond Fri, 07 Mar 2025 13:54:02 +0000 https://franciscotustumi.com.br/?p=1099 A colonoscopia é um exame fundamental para a avaliação do intestino grosso e é indicada para rastreamento e diagnóstico de diversas condições, incluindo pólipos e câncer colorretal. Neste artigo, explicamos o que é a colonoscopia, como é feito o exame, qual é o preparo necessário, onde é aplicada a anestesia, quanto tempo dura a sedação e quando o exame pode indicar câncer.

O que é a colonoscopia? 

A colonoscopia é um exame endoscópico que permite a visualização direta do intestino grosso e, em alguns casos, da porção final do intestino delgado. O exame é realizado por meio de um colonoscópio, um tubo flexível com uma câmera na ponta, que transmite imagens para um monitor, permitindo ao médico detectar anormalidades, como inflamações, pólipos e tumores. A colonoscopia não dói e é recomendada em casos de presença de sangue nas fezes, dor abdominal, diarreia intensa, alterações bruscas no funcionamento intestinal, anemia ou perda de peso.

A colonoscopia é um exame endoscópico realizado através do ânus, permitindo a visualização de todo o intestino grosso, apenas não permitindo adequada visualização das lesões em canal anal e borda anal. Através deste procedimento podem ser identificados processos inflamatórios ou tumores intestinais, sendo possível biópsia e ressecção de pequenos tumores ou pólipos.

Como é feito o preparo para a colonoscopia? 

O preparo é essencial para garantir um exame preciso e seguro. Ele envolve:

  • Dieta especial: Nos dias anteriores ao exame, recomenda-se uma dieta com poucos resíduos e, no dia anterior, apenas líquidos claros.
  • Uso de laxantes: Normalmente, o paciente precisa ingerir uma solução laxativa para limpar o intestino.
  • Jejum: É necessário jejum absoluto por pelo menos 6 horas antes do exame. 

Como é feito o exame de colonoscopia? 

O paciente é posicionado de lado e recebe sedação para maior conforto. O colonoscópio é introduzido pelo reto e avança pelo intestino grosso. Durante o exame, o médico pode realizar biópsias e remover pólipos, se necessário. O procedimento dura entre 20 e 40 minutos.

Quanto tempo dura a sedação de uma colonoscopia?

A sedação geralmente dura entre 30 minutos e 1 hora, mas a recuperação completa pode levar algumas horas. O paciente deve permanecer em observação até estar apto a receber alta.

Onde é aplicada a anestesia para colonoscopia? 

Geralmente não é realizada anestesia geral, ou seja, o paciente não precisa ficar intubado. Geralmente é feita somente uma sedação, para o paciente dormir durante o procedimento. A sedação é administrada por via endovenosa, normalmente no braço. 

Quando a colonoscopia indica câncer? 

A colonoscopia pode levantar suspeita de câncer quando há a presença de lesões suspeitas, como tumores ou úlceras com bordas irregulares. Nesses casos, são feitas biopsias para análise laboratorial, que confirmarão ou descartarão o diagnóstico.

A importância da prevenção 

A colonoscopia é o principal exame para o rastreamento do câncer colorretal e deve ser realizada conforme orientação médica, principalmente após os 45 anos ou antes, em casos de histórico familiar. Consulte um especialista para avaliar a necessidade do exame e garantir a saúde do seu intestino.

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Gastrectomia Vertical ou Bypass Gástrico: Qual a Melhor Opção para Você? https://franciscotustumi.com.br/gastrectomia-vertical-ou-bypass-gastrico-qual-a-melhor-opcao-para-voce/ https://franciscotustumi.com.br/gastrectomia-vertical-ou-bypass-gastrico-qual-a-melhor-opcao-para-voce/#respond Tue, 25 Feb 2025 20:54:35 +0000 https://franciscotustumi.com.br/?p=1091 Neste artigo, vamos explorar as diferenças entre a gastrectomia vertical e o bypass gástrico, dois dos procedimentos bariátricos mais realizados no mundo. Explicaremos como cada técnica funciona, suas principais indicações, vantagens e desvantagens, e quais fatores devem ser considerados ao decidir qual é a melhor opção para você.

Principais cirurgias bariátricas: Bypass gástrico e gastrectomia vertical

A cirurgia bariátrica e metabólica é um conjunto de procedimentos realizados para tratar a obesidade e doenças associadas, como diabetes tipo 2, hipertensão e apneia do sono. Além de promover a perda de peso significativa, esses procedimentos têm impacto metabólico positivo, melhorando ou até resolvendo condições associadas. 

Os dois principais tipos de cirurgia bariátrica são a gastrectomia vertical e o bypass gástrico. A gastrectomia vertical consiste na redução do tamanho do estômago, limitando a ingestão de alimentos e diminuindo a fome ao reduzir a produção do hormônio grelina. Já o bypass gástrico combina a redução do estômago com um desvio do intestino, o que limita a ingestão e reduz a absorção de nutrientes. Ambos são eficazes, mas possuem diferenças importantes que influenciam a escolha do procedimento mais adequado para cada paciente.

Diferenças principais entre gastrectomia vertical e bypass gástrico

  • Técnica cirúrgica: A gastrectomia vertical remove parte do estômago, enquanto o bypass gástrico cria um reservatório gástrico e altera o intestino.
  • Perda de peso: Ambos os procedimentos promovem perda significativa de peso, mas o bypass gástrico pode oferecer uma perda de peso ligeiramente maior em casos de obesidade extrema.
  • Refluxo gastroesofágico: Pacientes com refluxo severo podem se beneficiar mais do bypass gástrico, já que o sleeve pode, em alguns casos, agravar a condição.
  • Deficiências nutricionais: O bypass gástrico tem maior risco de causar deficiências nutricionais devido à redução da absorção de nutrientes. A suplementação de vitaminas e minerais é obrigatória em ambos os casos, mas especialmente no bypass.
  • Complexidade e recuperação: A gastrectomia vertical é tecnicamente mais simples e possui menor tempo de cirurgia e recuperação hospitalar.

Quando escolher a gastrectomia vertical?

A gastrectomia vertical pode ser a melhor opção para pacientes com:

  • Pouca ou nenhuma história de refluxo gastroesofágico;
  • Desejo por um procedimento mais rápido e com menos alterações no trato digestivo;
  • Interesse em evitar complicações nutricionais severas.

Quando optar pelo bypass gástrico?

O bypass gástrico é mais indicado para pacientes com:

  • IMC muito elevado ou obesidade extrema;
  • Refluxo gastroesofágico severo;
  • Diabetes tipo 2 de difícil controle, já que o bypass pode ajudar a melhorar o controle glicêmico; 
  • Pacientes com indicação cirúrgica para cirurgia metabólica geralmente fazem o bypass gástrico;
  • Histórico de falha com outros procedimentos bariátricos.

A importância de uma avaliação personalizada

A decisão entre a gastrectomia vertical e o bypass gástrico deve ser feita com base em uma avaliação completa realizada por uma equipe multidisciplinar. Fatores como histórico médico, condições associadas, estilo de vida e preferências do paciente devem ser considerados.

Converse com um cirurgião especializado e tire todas as suas dúvidas para escolher a melhor opção para você. Lembre-se de que a cirurgia bariátrica é apenas o começo de uma mudança de estilo de vida que requer acompanhamento contínuo e dedicação.

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Tudo sobre AZIA. O que fazer para acabar com a QUEIMAÇÃO constante? https://franciscotustumi.com.br/tudo-sobre-azia-o-que-fazer-para-acabar-com-a-queimacao-constante/ https://franciscotustumi.com.br/tudo-sobre-azia-o-que-fazer-para-acabar-com-a-queimacao-constante/#respond Mon, 10 Feb 2025 12:49:52 +0000 https://franciscotustumi.com.br/?p=1081

Entre o tórax e o abdômen encontra-se um dos músculos mais importantes que você talvez nem sabia que existia: o Esfíncter Esofágico Inferior. Esse músculo em forma de anel desempenha um papel crucial na digestão, impedindo que o ácido estomacal volte para o esôfago. Quando funciona bem, mal percebemos sua presença. Mas, quando falha, pode causar um desconforto familiar para muitos: a azia, aquela sensação de queimação no peito, às vezes acompanhada por um gosto ácido desagradável na boca.

Embora a azia ocasional seja comum, quando os episódios se tornam frequentes – duas vezes por semana ou mais – é possível que estejamos lidando com a Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE)

Mas o que leva a esse problema? Como evitá-lo? Vamos explorar!

O Papel do Esfíncter Esofágico Inferior na Digestão

O Esfíncter Esofágico Inferior é um músculo circular controlado por um sistema complexo de raízes nervosas conectadas ao cérebro. Sua função principal é criar uma barreira de alta pressão para evitar o retorno do conteúdo estomacal ao esôfago.

Quando esse músculo enfraquece ou relaxa no momento errado, ele perde a capacidade de manter o ácido no estômago. Isso resulta no refluxo ácido, que pode causar desde desconforto leve até inflamações graves no esôfago.

Fatores de Risco: Por Que o Refluxo Acontece?

Vários fatores podem interferir no funcionamento do esfíncter, incluindo:

1. Alimentação

  • Alimentos que relaxam o esfíncter: Café, hortelã e chocolate;
  • Irritantes do esôfago: Tomates, frutas cítricas e alimentos ácidos;
  • Bebidas gaseificadas: O gás pode forçar a abertura do esfíncter.

2. Estilo de Vida

  • Fumo: A nicotina relaxa o músculo;
  • Álcool: O consumo excessivo de álcool pode inflamar o esôfago;
  • Obesidade: O excesso de peso aumenta a pressão sobre o estômago e aumenta risco para desenvolvimento de hérnias de hiato.

3. Condições Especiais

  • Gravidez: Alterações hormonais e a pressão do bebê no abdômen favorecem que o alimento volte do estômago para o esôfago;
  • Hérnia de hiato: Uma anomalia que compromete a barreira antirrefluxo.

4. Medicamentos

Certos remédios, como os usados para tratar asma, hipertensão e depressão, podem enfraquecer o esfíncter ou aumentar a produção de ácido estomacal.

Sinais de Alerta: Quando Procurar Ajuda

Enquanto episódios ocasionais de azia são normais, sintomas persistentes podem indicar problemas mais graves, como:

  • Esofagite: Inflamação do esôfago causada pelo contato prolongado com o ácido.
  • Estreitamento do esôfago: Devido à formação de cicatrizes.
  • Esôfago de Barrett: Alterações celulares que aumentam o risco de câncer.

Se você sente azia frequente ou dificuldade para engolir, é hora de buscar orientação médica.

Opções de Tratamento

O tratamento varia de acordo com a gravidade dos sintomas:

1. Mudanças no Estilo de Vida

  • Reduzir o consumo de alimentos gatilho;
  • Evitar fumar e beber álcool;
  • Manter um peso saudável.

2. Medicações

  • Antiácidos: Neutralizam o ácido estomacal;
  • Bloqueadores de ácido: Reduzem a produção de ácido pelo estômago;
  • Protetores de mucosa: Ajudam a proteger o revestimento do esôfago.

3. Cirurgia

Nos casos mais graves, a cirurgia pode ser necessária. O procedimento mais comum é a fundoplicatura, que utiliza uma parte do estômago para reforçar a barreira antirrefluxo. Em um estudo realizado por nossa equipe, no Hospital das Clínicas da USP, demonstrou que a cirurgia é mais eficaz para diminuir risco de câncer de esôfago em casos de esôfago de Barrett.
No entanto, é necessária uma avaliação pré-operatória adequada para saber se, de fato, a fundoplicatura está indicada.

Prevenção: Pequenas Mudanças, Grandes Resultados

A boa notícia é que, na maioria das vezes, a azia pode ser prevenida. Algumas dicas incluem:

  • Fazer refeições menores e evitar deitar-se logo após comer;
  • Elevar a cabeceira da cama para reduzir o refluxo noturno;
  • Incorporar exercícios regulares à sua rotina para manter o peso ideal.

Conclusão

Embora a azia possa parecer uma queixa simples, ela pode ter um impacto significativo na qualidade de vida se não tratada adequadamente. Entender as causas e os fatores de risco é o primeiro passo para prevenir e tratar o problema. Cuide do seu corpo, dê atenção ao seu esfíncter e diga adeus àquela sensação incômoda de queimação no peito!

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Hérnias: tudo o que você precisa saber. https://franciscotustumi.com.br/hernias-tudo-o-que-voce-precisa-saber/ https://franciscotustumi.com.br/hernias-tudo-o-que-voce-precisa-saber/#respond Mon, 13 Jan 2025 12:00:00 +0000 https://franciscotustumi.com.br/?p=1041 Este texto explora o tema das hérnias, explicando de forma acessível o que elas são, como se formam, os tipos mais comuns (inguinal, umbilical, hiatal e incisional), seus sintomas e fatores de risco. Também aborda os tratamentos disponíveis.

Introdução

As hérnias são condições muito comuns, mas nem todos sabem exatamente o que elas são ou como tratá-las. Você já ouviu falar sobre hérnias? Talvez tenha tido uma ou conheça alguém que passou por isso. Neste artigo, vamos explorar o que causa uma hérnia, os principais tipos, os tratamentos disponíveis e as tendências recentes sobre esse tema no Brasil.

O que é uma hérnia?

Dentro do nosso corpo, os órgãos estão protegidos e mantidos no lugar por músculos e tecidos. Quando essas estruturas são enfraquecidas, esticadas ou danificadas, os órgãos podem se projetar para fora, formando uma hérnia. Esse problema geralmente aparece no abdômen, na virilha ou na parte inferior do tórax.

As hérnias podem surgir e voltar. Em alguns casos, causam desconforto ou dor, especialmente ao realizar esforços físicos.

Tipos mais comuns de hérnia: 

1. Hérnia Inguinal: É a forma mais comum, ocorrendo quando parte do intestino empurra a região da virilha. Nos homens, essa hérnia pode descer até a área escrotal, sendo chamada de hérnia inguinoescrotal.

2. Hérnia Incisional: Pode aparecer no local de uma cirurgia abdominal prévia. O enfraquecimento do tecido na cicatriz permite que os órgãos se projetem para fora.

3. Hérnia Hiatal: Ocorre quando a parte superior do estômago passa por uma abertura no diafragma. Embora não seja visível, pode causar sintomas como azia, indigestão ou sensação de queimação.

4. Hérnia Umbilical: É caracterizada pelo abaulamento na região do umbigo, frequentemente presente desde o nascimento.

Tratamento: Quando a Cirurgia é Necessária?

Nem todas as hérnias precisam de intervenção cirúrgica imediata. No entanto, em casos de aumento progressivo, dor ou risco de encarceramento (quando a hérnia fica presa, podendo comprometer a circulação do órgão), a cirurgia é recomendada.

Opções de Cirurgia para Hérnia

  1. Cirurgia Aberta: 
  • Como funciona? Um corte é feito na região da hérnia para reposicionar os órgãos e reforçar o local com pontos ou telas.
  • Vantagens: Técnica amplamente disponível, especialmente em hospitais públicos.
  • Desvantagens: Recuperação mais longa e maior risco de dor pós-operatória.
  1. Cirurgia Laparoscópica: 
  • Como funciona? Utiliza pequenos cortes e uma câmera para realizar o reparo com instrumentos minimamente invasivos.
  • Vantagens: Menor tempo de recuperação, menos dor e menor risco de infecções.
  • Desvantagens: Exige equipamentos especializados e profissionais treinados.
  1. Cirurgia Robótica:
  • Como funciona? Uma evolução da laparoscopia, com maior precisão por meio de braços robóticos controlados pelo cirurgião.
  • Vantagens: Precisão cirúrgica superior, menos sangramento e recuperação mais rápida.
  • Desvantagens: Custo tende a ser mais elevado e acesso limitado em algumas regiões do Brasil.

O Aumento do Número de Cirurgias de Hérnia no Brasil

O número de procedimentos para tratar hérnias vem aumentando significativamente no Brasil. Segundo os dados do Ministério da Saúde, em 2023, foram realizados 270 mil procedimentos no Brasil, sendo 63 mil apenas no estado de São Paulo. Entre os anos de 2020 e 2021 houve uma diminuição significativa devido a pandemia. No entanto, nos anos de 2022 e 2023, o número de procedimentos voltou a aumentar.

Apesar desse crescimento, a maioria das cirurgias ainda é realizada de forma aberta, especialmente em hospitais públicos, devido à limitação de recursos para técnicas minimamente invasivas. No Brasil, aproximadamente 1% das cirurgias de hérnia inguinal foi feita por via videolaparoscópica ou robótica, enquanto o restante foi realizado por via aberta.

Com o avanço da tecnologia e a maior capacitação de profissionais, espera-se que as cirurgias laparoscópicas e robóticas se tornem mais acessíveis, oferecendo melhores resultados e maior conforto para os pacientes. A cirurgia robótica e a laparoscópica para hérnia inguinal estão associadas a menor risco de complicações infecciosas, menos dor no pós-operatório e recuperação mais rápida.

Gráfico:

Legenda do gráfico:

Número de cirurgias para tratamento de hérnias no Brasil, por estado. Houve aumento significativo nos últimos anos, com predomínio das cirurgias no estado de São Paulo. Entre os anos de 2020 e 2021 houve uma diminuição significativa devido a pandemia. No entanto, nos anos de 2022 e 2023, o número de procedimentos voltou a aumentar. Os dados foram obtidos do DATASUS.

Conclusão

As hérnias são condições comuns, mas tratáveis, que podem impactar significativamente a qualidade de vida. Independentemente do tipo, é essencial procurar orientação médica para o diagnóstico e para decidir o melhor tratamento. Com o aumento das opções tecnológicas e o crescimento no número de cirurgias, os pacientes têm cada vez mais acesso a soluções eficazes.

Teste seus conhecimentos em hérnia inguinal!

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Se você suspeita de uma hérnia, não hesite em procurar um profissional de saúde. O cuidado precoce é essencial para evitar complicações e garantir o melhor resultado possível. 

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Compulsão Alimentar: quando o exagero na comida vai além do normal https://franciscotustumi.com.br/compulsao-alimentar-quando-o-exagero-na-comida-vai-alem-do-normal/ https://franciscotustumi.com.br/compulsao-alimentar-quando-o-exagero-na-comida-vai-alem-do-normal/#respond Fri, 06 Dec 2024 20:05:39 +0000 https://franciscotustumi.com.br/?p=1030 Você já sentiu que perde o controle quando está comendo, mesmo quando não está com fome? O Transtorno de Compulsão Alimentar é um problema sério que afeta a saúde física e emocional de muitas pessoas e frequentemente está associado à obesidade

Descubra como transformar sua relação com a comida e melhorar sua qualidade de vida. Este texto apresenta estratégias práticas e científicas para controlar o transtorno da compulsão alimentar periódica, promovendo bem-estar físico e emocional. Saiba mais sobre os sinais, gatilhos e como desenvolver hábitos saudáveis por meio de dicas simples e eficazes.

Introdução

Comer é muito mais do que uma necessidade fisiológica. É também uma experiência social e emocional. No entanto, quando episódios frequentes de exagero na comida começam a gerar desconforto físico e culpa, pode ser um sinal de que algo está fora do equilíbrio. A compulsão alimentar, o transtorno alimentar mais comum, pode afetar gravemente a saúde física e mental, mas é tratável com as abordagens corretas.

O que é compulsão alimentar?

A compulsão alimentar é um transtorno caracterizado por episódios recorrentes de consumo de grandes quantidades de comida, frequentemente acompanhado por uma sensação de perda de controle. Esses episódios geralmente não são motivados pela fome física, mas sim por emoções como estresse, ansiedade ou tristeza.

Sinais de alerta: é apenas um exagero ou algo mais sério?

É normal comer um pouco a mais em ocasiões especiais, mas alguns comportamentos podem indicar compulsão alimentar:

  • Comer grandes quantidades em uma única refeição, até sentir-se desconfortavelmente cheio;
  • Desejo constante e incontrolável de comer, mesmo quando não há fome;
  • Comer rápido demais ou sozinho por vergonha da quantidade ingerida;
  • Sentir culpa ou tristeza após os episódios;
  • Episódios frequentes, pelo menos uma vez por semana, durante três meses ou mais.

Impactos na saúde física e emocional

A compulsão alimentar pode levar ao ganho de peso e obesidade. A obesidade, por sua vez, traz diversos problemas de saúde física, como diabetes, hipertensão, doenças cardíacas e até mesmo câncer.

Assim, uma parcela significativa de pacientes com obesidade sofre de compulsão alimentar. Alguns desses pacientes decidem tomar por conta própria medicações como a tizerpatida ou a semaglutida.

No entanto, essas medicações isoladamente não são eficientes para controle do peso em pacientes que sofrem de compulsão alimentar, que deve ser tratada de maneira específica, por vezes com acompanhamento psicológico ou psiquiátrico. Além disso, as consequências emocionais da compulsão alimentar, como baixa autoestima, ansiedade e depressão, também são significativas.

Estratégias para controlar a compulsão alimentar

Superar a compulsão alimentar exige tempo e esforço, mas algumas mudanças no estilo de vida podem ajudar:

  • Pratique a Alimentação Consciente: Pergunte-se: "Estou comendo por fome ou emoção?". Elimine distrações durante as refeições e concentre-se na experiência de comer;
  • Reconheça os sinais de fome: Diferencie a fome física, que apresenta sinais como roncos no estômago, da fome emocional, motivada por sentimentos;
  • Pare antes de estar completamente satisfeito: Dê ao seu corpo tempo para processar o alimento e sinalizar a saciedade.;
  • Mantenha um diário alimentar: Registre o que você come e como se sente, identificando padrões e gatilhos emocionais;
  • Identifique e enfrente seus gatilhos: Evite manter alimentos desencadeadores em casa e planeje suas refeições com antecedência.

A importância de buscar ajuda profissional

Se você acredita que está enfrentando compulsão alimentar, saiba que não está sozinho. Esse transtorno é tratável, e o suporte de profissionais de saúde pode ser essencial para recuperar o controle sobre sua alimentação e bem-estar. Terapias comportamentais e, em alguns casos, medicações podem ser indicadas como parte do tratamento.

Superar a compulsão alimentar é uma jornada desafiadora, mas possível. Reconhecer os sinais, buscar ajuda e adotar estratégias saudáveis são passos fundamentais para transformar sua relação com a comida e alcançar uma vida mais equilibrada.

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Quais medicamentos danificam o fígado? https://franciscotustumi.com.br/quais-medicamentos-danificam-o-figado/ https://franciscotustumi.com.br/quais-medicamentos-danificam-o-figado/#respond Fri, 29 Nov 2024 14:31:32 +0000 https://franciscotustumi.com.br/?p=1019 O fígado é um órgão vital que desempenha mais de 300 funções no corpo, incluindo a desintoxicação e a metabolização de medicamentos. Neste artigo, abordamos os medicamentos mais associados a lesões hepáticas, sinais precoces de danos no fígado e dicas de prevenção para o uso seguro de medicamentos. Saiba como proteger seu fígado e evitar complicações graves.

Algumas medicações e produtos que consumimos podem danificar o fígado, levando a uma inflamação hepática, também chamada de hepatite. A hepatite induzida por medicamentos ou suplementos pode se manifestar em questão de dias, semanas ou até meses após a ingestão, dependendo do remédio, da dose e da saúde prévia do paciente.

Nos Estados Unidos, são registrados anualmente mais de 2000 casos de insuficiência hepática aguda fulminante, sendo que aproximadamente metade está relacionada ao uso de medicamentos ou suplementos. Enquanto os rins contam com a hemodiálise em casos de falência aguda, o fígado não dispõe de um recurso equivalente, e a insuficiência hepática muitas vezes exige um transplante. Por isso, é importante conhecer quais são os medicamentos que podem levar a injúria hepática e ficar atento aos sinais precoces de danos no fígado.

Neste texto, vamos abordar os medicamentos mais associados a lesões hepáticas e detalhar esses sinais para que você possa se prevenir e cuidar bem do seu fígado. Afinal, a saúde do fígado reflete em todo o corpo, e o uso responsável de medicamentos pode ajudar a evitar complicações graves.

A importância do fígado para a saúde.

O fígado realiza funções essenciais para o corpo, incluindo a desintoxicação, digestão, metabolismo, produção de proteínas, e o armazenamento de vitaminas e minerais. Ele é indispensável para o equilíbrio e o bom funcionamento do organismo. Assim, é impossível viver sem fígado. Se algum paciente desenvolver falência hepática, vai precisar de um tratamento específico, podendo incluir o transplante de fígado. 

Entre as funções do fígado, podemos destacar:

  • Desintoxicação: Filtra e elimina toxinas do corpo;
  • Digestão e metabolismo: Processa gorduras, proteínas e açúcares;
  • Produção de proteínas: Essencial para a saúde e a regeneração dos tecidos;
  • Sistema imunológico: Defende o corpo contra infecções;
  • Armazenamento de nutrientes: Armazena vitaminas e minerais, como ferro e cobre;
  • Controle de glicose: Regula o nível de açúcar no sangue.

Quais são os sintomas quando o fígado não está bem?

Identificar esses sinais precocemente é fundamental para prevenir lesões graves.

Os sintomas de danos no fígado incluem:

  • Dor abdominal;
  • Urina escura;
  • Pele e olhos amarelados;
  • Fadiga extrema;
  • Acúmulo de líquidos.

Quais os medicamentos que fazem mal para o fígado?

  • Paracetamol: Analgésico popular que, em doses altas, pode sobrecarregar o fígado;
  • Anti-inflamatórios, como o Diclofenaco: Úteis para dores e inflamações, mas o uso excessivo pode ser prejudicial;
  • Antibióticos: Uso inadequado pode causar toxicidade hepática;
  • Anticonvulsivantes, como o Valproato de Sódio: Necessitam de monitoramento regular da função hepática, devido ao risco de hepatotoxicidade;
  • Álcool: O álcool não é uma medicação, mas é comum a ingestão de álcool durante o uso de medicações, como anti-inflamatórios e analgésicos. O uso combinado de álcool e algumas medicações pode potencializar o efeito deletério ao fígado.

Quem tem mais risco de ter problemas no fígado?

Cada pessoa tem um fígado com uma capacidade de metabolização de toxinas. Assim, a agressão que o fígado recebe não depende somente do medicamento em si, mas depende da vulnerabilidade desse fígado.

A resposta ao medicamento varia conforme a idade, saúde hepática prévia, doenças como hepatite crônica, esteatose, fibrose e cirrose, e o consumo prévio de álcool. Pacientes que já apresentam problemas no fígado devem ter ainda mais cautela.

O que fazer para evitar problemas no fígado?

  • Consulte sempre um médico antes de tomar medicamentos.
  • Evite a automedicação e o uso prolongado de analgésicos ou anti-inflamatórios.
  • Monitore a função hepática regularmente, especialmente se usar medicamentos de risco.
  • Modere o consumo de álcool, especialmente em conjunto com medicamentos.

Cuidar do fígado é essencial para o bem-estar geral.

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