sintomas do câncer de pâncreas - Dr. Francisco Tustumi https://franciscotustumi.com.br Cirurgia Geral e Cirurgia do Aparelho Digestivo Mon, 11 Aug 2025 12:58:43 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.4.3 https://franciscotustumi.com.br/wp-content/uploads/2023/01/favicon-150x150.jpg sintomas do câncer de pâncreas - Dr. Francisco Tustumi https://franciscotustumi.com.br 32 32 Câncer de Pâncreas: Entenda os Riscos, Sintomas e Tratamentos https://franciscotustumi.com.br/cancer-de-pancreas-entenda-os-riscos-sintomas-e-tratamentos/ https://franciscotustumi.com.br/cancer-de-pancreas-entenda-os-riscos-sintomas-e-tratamentos/#respond Mon, 11 Aug 2025 12:58:43 +0000 https://franciscotustumi.com.br/?p=1158 O câncer de pâncreas é uma das neoplasias mais agressivas da medicina. Devido à sua localização profunda no abdômen e à ausência de sintomas específicos nas fases iniciais, ele costuma ser diagnosticado tardiamente, o que compromete significativamente as chances de cura. Neste artigo, você vai entender o que é o câncer de pâncreas, por que ele é tão perigoso, quais os fatores de risco, as formas de diagnóstico, opções de tratamento e como a ciência tem avançado na luta contra essa doença.

O que é o câncer de pâncreas?

O pâncreas é um órgão localizado atrás do estômago, responsável por produzir enzimas que auxiliam na digestão e hormônios que controlam o açúcar no sangue, como a insulina. O câncer de pâncreas ocorre quando células desse órgão crescem de forma descontrolada, formando um tumor maligno.

O tipo mais comum é o adenocarcinoma ductal pancreático, que se origina nos ductos responsáveis por transportar as enzimas digestivas. Também existem outros tipos, como os tumores neuroendócrinos, menos frequentes e geralmente menos agressivos.

Por que o câncer de pâncreas é tão perigoso?

Esse câncer é considerado silencioso porque geralmente não causa sintomas nos estágios iniciais. Quando os sinais aparecem, o tumor já costuma estar avançado ou ter se espalhado para outros órgãos, como fígado e pulmões.

Além disso, o pâncreas está localizado profundamente no abdome, o que dificulta a detecção de alterações físicas. Isso faz com que o diagnóstico precoce seja raro.

Prognóstico e estatísticas

O câncer de pâncreas possui uma das mais baixas taxas de sobrevida entre os tumores malignos. A taxa média de sobrevida em 5 anos, considerando todos os estágios, gira em torno de 5 a 10%. Se descoberto precocemente (quando o tumor ainda é ressecável), a chance de cura pode chegar a 30% a 40%.

No Brasil, o câncer de pâncreas está entre as 10 principais causas de morte por câncer, e subiu da 11ª para a 6ª posição nos últimos 20 anos. O aumento da expectativa de vida, do sedentarismo e do diabetes tipo 2 são fatores que contribuem para essa tendência.

Fatores de risco

Alguns fatores estão associados ao aumento do risco de desenvolver câncer de pâncreas:

  • Idade acima de 60 anos;
  • Histórico familiar de câncer pancreático;
  • Tabagismo;
  • Obesidade;
  • Diabetes tipo 2;
  • Pancreatite crônica;
  • Síndromes genéticas hereditárias (como síndrome de Lynch e mutações BRCA2).

Sintomas mais comuns

Os sintomas iniciais costumam ser inespecíficos. Conforme o tumor cresce, alguns sinais podem ficar mais nítidos:

  • Dor abdominal ou nas costas;
  • Icterícia (pele e olhos amarelados);
  • Perda de peso sem explicação;
  • Fadiga;
  • Falta de apetite;
  • Urina escura e fezes claras;
  • Diabetes de início recente.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico geralmente envolve uma combinação de exames clínicos e de imagem. Os principais exames são:

  • Ultrassonografia abdominal;
  • Tomografia computadorizada (TC);
  • Ressonância magnética (RM);
  • CPRE (colangiopancreatografia retrógrada endoscópica);
  • Punção com agulha fina (biópsia guiada por imagem).

Em casos suspeitos, exames de sangue como o marcador tumoral CA 19-9 também podem ser solicitados, embora não sejam suficientes para diagnóstico isolado.

Quais são os tratamentos disponíveis?

O tratamento depende do estágio da doença, localização do tumor e condições clínicas do paciente. As opções incluem: 

  • Cirurgia: É o único tratamento com potencial curativo, indicado apenas em casos de doença localizada. As cirurgias mais comuns são a pancreatectomia distal e a duodenopancreatectomia (cirurgia de Whipple). Outros tipos de cirurgias podem ser consideradas, a depender do quadro clínico.
  • Quimioterapia: Pode ser usada antes (neoadjuvante) ou depois da cirurgia (adjuvante), ou como tratamento principal em casos avançados.
  • Radioterapia: Em alguns casos, é associada à quimioterapia para controlar o crescimento do tumor ou aliviar sintomas.
  • Cuidados paliativos: Quando a doença é avançada e não há possibilidade de cura, o foco é aliviar sintomas e oferecer qualidade de vida.

Avanços na medicina

Nos últimos anos, novos esquemas de quimioterapia, testes genéticos e terapias-alvo têm melhorado o tratamento do câncer de pâncreas. Estudos com imunoterapia e detecção precoce estão em andamento, trazendo esperança para o futuro.

Conclusão

O câncer de pâncreas é uma doença séria, com alta taxa de mortalidade, mas que pode ter melhores desfechos se diagnosticado precocemente. Estar atento aos fatores de risco e procurar avaliação médica diante de sintomas persistentes é fundamental.

Se você tem histórico familiar ou fatores de risco, converse com seu médico sobre estratégias de rastreamento. Informação e vigilância são as melhores armas contra essa doença.

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