Saúde Mental - Dr. Francisco Tustumi https://franciscotustumi.com.br Cirurgia Geral e Cirurgia do Aparelho Digestivo Mon, 29 Sep 2025 12:26:38 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.4.7 https://franciscotustumi.com.br/wp-content/uploads/2023/01/favicon-150x150.jpg Saúde Mental - Dr. Francisco Tustumi https://franciscotustumi.com.br 32 32 Síndrome de Ruminação: Entenda o que é, Sintomas e Tratamentos https://franciscotustumi.com.br/sindrome-de-ruminacao-entenda-o-que-e-sintomas-e-tratamentos/ https://franciscotustumi.com.br/sindrome-de-ruminacao-entenda-o-que-e-sintomas-e-tratamentos/#respond Mon, 29 Sep 2025 12:00:00 +0000 https://franciscotustumi.com.br/?p=1204 A regurgitação após as refeições é um incômodo comum, mas quando ela se torna um hábito repetitivo e involuntário, pode ser um sinal de algo mais sério: a síndrome de ruminação. Frequentemente confundida com refluxo, essa condição pouco conhecida pode causar grande sofrimento físico e emocional. Descubra neste artigo o que causa essa síndrome, como ela é diagnosticada e quais os tratamentos eficazes para retomar uma relação saudável com a alimentação.

O que é a Síndrome de Ruminação?

A síndrome de ruminação, também conhecida como mericismo, é um distúrbio funcional em que a pessoa regurgita, de forma repetitiva e sem esforço, os alimentos que acabou de engolir. Essa regurgitação acontece geralmente logo após as refeições, e o alimento retorna à boca sem a presença de náusea ou de uma sensação de queimação, comum no refluxo. A pessoa pode então mastigar o alimento novamente, engoli-lo de novo ou cuspi-lo.

É importante notar que essa não é uma ação consciente ou voluntária, mas sim um reflexo ou um hábito que o corpo desenvolve. A síndrome afeta pessoas de todas as idades, desde bebês até adultos, e pode ser desencadeada por diversos fatores.

Sintomas: Como identificar a síndrome?

A principal característica da síndrome de ruminação é a regurgitação sem esforço. No entanto, existem outros sintomas que podem ajudar a identificar a condição:

  • Regurgitação recorrente: Ocorre de forma repetida, geralmente logo após cada refeição.
  • Ausência de náusea e dor: Diferente do vômito, a regurgitação não vem acompanhada de ânsia ou desconforto.
  • Sabor do alimento: O alimento regurgitado não tem o sabor ácido do vômito, pois ele retorna à boca antes de ser totalmente processado pelo estômago.
  • Sintomas que aliviam após a regurgitação: Algumas pessoas sentem um alívio da pressão ou desconforto abdominal depois que o alimento retorna.

A longo prazo, a síndrome de ruminação pode levar a complicações sérias como mau hálito, cáries, desgaste do esmalte dos dentes e, em casos mais graves, perda de peso e desnutrição. O impacto emocional também é significativo, levando a sentimentos de vergonha, ansiedade e isolamento social, já que muitos pacientes evitam comer em público.

Ruminação x Refluxo: Qual a diferença?

Embora a regurgitação seja um sintoma de ambos os quadros, a síndrome de ruminação e o refluxo gastroesofágico são condições bem diferentes.

  • Refluxo: Acontece quando o ácido do estômago sobe para o esôfago, causando uma sensação de queimação (azia) no peito e na garganta. A regurgitação, quando ocorre, é ácida e pode ser acompanhada de outros sintomas como tosse seca e dor no peito. O refluxo está ligado a problemas físicos, como o mau funcionamento do esfíncter esofágico.
  • Ruminação: Ocorre por um aumento da pressão abdominal que causa o retorno do alimento, sem o esforço ou a acidez do refluxo. A síndrome de ruminação é considerada um distúrbio funcional e muitas vezes tem relação com fatores emocionais e psicológicos, como estresse e ansiedade.

A melhor forma de diferenciar é buscar o diagnóstico de um médico, pois o tratamento para cada condição é completamente diferente.

Diagnóstico e Tratamento: O caminho para a recuperação

O diagnóstico da síndrome de ruminação é feito, principalmente, por um médico especialista, como um gastroenterologista. Ele irá analisar o histórico de sintomas, que devem ter ocorrido por pelo menos um mês, e poderá solicitar exames para descartar outras doenças, como o refluxo ou gastroparesia.

O tratamento da síndrome foca na terapia comportamental, que ajuda o paciente a "desaprender" o hábito da regurgitação. Uma das técnicas mais comuns e eficazes é a terapia de respiração diafragmática, que ensina o paciente a controlar a pressão abdominal para evitar que o alimento suba. Em alguns casos, o uso de medicamentos pode ser recomendado para aliviar os sintomas ou tratar condições coexistentes, como ansiedade.

O trabalho em conjunto com uma equipe multidisciplinar, incluindo psicólogos e nutricionistas, é fundamental para o sucesso do tratamento. A recuperação não é apenas sobre o sintoma físico, mas também sobre o restabelecimento da saúde mental e de uma relação tranquila com a comida.

Perguntas Frequentes:

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Compulsão Alimentar: quando o exagero na comida vai além do normal https://franciscotustumi.com.br/compulsao-alimentar-quando-o-exagero-na-comida-vai-alem-do-normal/ https://franciscotustumi.com.br/compulsao-alimentar-quando-o-exagero-na-comida-vai-alem-do-normal/#respond Fri, 06 Dec 2024 20:05:39 +0000 https://franciscotustumi.com.br/?p=1030 Você já sentiu que perde o controle quando está comendo, mesmo quando não está com fome? O Transtorno de Compulsão Alimentar é um problema sério que afeta a saúde física e emocional de muitas pessoas e frequentemente está associado à obesidade

Descubra como transformar sua relação com a comida e melhorar sua qualidade de vida. Este texto apresenta estratégias práticas e científicas para controlar o transtorno da compulsão alimentar periódica, promovendo bem-estar físico e emocional. Saiba mais sobre os sinais, gatilhos e como desenvolver hábitos saudáveis por meio de dicas simples e eficazes.

Introdução

Comer é muito mais do que uma necessidade fisiológica. É também uma experiência social e emocional. No entanto, quando episódios frequentes de exagero na comida começam a gerar desconforto físico e culpa, pode ser um sinal de que algo está fora do equilíbrio. A compulsão alimentar, o transtorno alimentar mais comum, pode afetar gravemente a saúde física e mental, mas é tratável com as abordagens corretas.

O que é compulsão alimentar?

A compulsão alimentar é um transtorno caracterizado por episódios recorrentes de consumo de grandes quantidades de comida, frequentemente acompanhado por uma sensação de perda de controle. Esses episódios geralmente não são motivados pela fome física, mas sim por emoções como estresse, ansiedade ou tristeza.

Sinais de alerta: é apenas um exagero ou algo mais sério?

É normal comer um pouco a mais em ocasiões especiais, mas alguns comportamentos podem indicar compulsão alimentar:

  • Comer grandes quantidades em uma única refeição, até sentir-se desconfortavelmente cheio;
  • Desejo constante e incontrolável de comer, mesmo quando não há fome;
  • Comer rápido demais ou sozinho por vergonha da quantidade ingerida;
  • Sentir culpa ou tristeza após os episódios;
  • Episódios frequentes, pelo menos uma vez por semana, durante três meses ou mais.

Impactos na saúde física e emocional

A compulsão alimentar pode levar ao ganho de peso e obesidade. A obesidade, por sua vez, traz diversos problemas de saúde física, como diabetes, hipertensão, doenças cardíacas e até mesmo câncer.

Assim, uma parcela significativa de pacientes com obesidade sofre de compulsão alimentar. Alguns desses pacientes decidem tomar por conta própria medicações como a tizerpatida ou a semaglutida.

No entanto, essas medicações isoladamente não são eficientes para controle do peso em pacientes que sofrem de compulsão alimentar, que deve ser tratada de maneira específica, por vezes com acompanhamento psicológico ou psiquiátrico. Além disso, as consequências emocionais da compulsão alimentar, como baixa autoestima, ansiedade e depressão, também são significativas.

Estratégias para controlar a compulsão alimentar

Superar a compulsão alimentar exige tempo e esforço, mas algumas mudanças no estilo de vida podem ajudar:

  • Pratique a Alimentação Consciente: Pergunte-se: "Estou comendo por fome ou emoção?". Elimine distrações durante as refeições e concentre-se na experiência de comer;
  • Reconheça os sinais de fome: Diferencie a fome física, que apresenta sinais como roncos no estômago, da fome emocional, motivada por sentimentos;
  • Pare antes de estar completamente satisfeito: Dê ao seu corpo tempo para processar o alimento e sinalizar a saciedade.;
  • Mantenha um diário alimentar: Registre o que você come e como se sente, identificando padrões e gatilhos emocionais;
  • Identifique e enfrente seus gatilhos: Evite manter alimentos desencadeadores em casa e planeje suas refeições com antecedência.

A importância de buscar ajuda profissional

Se você acredita que está enfrentando compulsão alimentar, saiba que não está sozinho. Esse transtorno é tratável, e o suporte de profissionais de saúde pode ser essencial para recuperar o controle sobre sua alimentação e bem-estar. Terapias comportamentais e, em alguns casos, medicações podem ser indicadas como parte do tratamento.

Superar a compulsão alimentar é uma jornada desafiadora, mas possível. Reconhecer os sinais, buscar ajuda e adotar estratégias saudáveis são passos fundamentais para transformar sua relação com a comida e alcançar uma vida mais equilibrada.

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